Naves inglesas da Idade Média. Repare-se nos castelos(*) de proa e de popa e nos volumosos cestos da gávea, onde podiam tomar lugar inúmeros homens de armas; que começavam a sua função antes da abordagem, desferindo projécteis de toda a ordem contra as guarnições dos navios inimigos : flechas, dardos, pedras (de funda), etc. Depois, na derradeira fase dos combates navais, quando as embarcações se acostavam, era também essa gente que investia as naves adversas, armada, desta vez, com espadas e machados, com lanças curtas e com outras armas adaptadas ao combate corpo a corpo. Estes recontros terminavam, geralmente, com grande mortandade e depois da rendição de um dos capitães. A pintura de topo é um trabalho do artista Momtague Dawson.
(*) Na realidade, estas plataformas nada tinham a ver com os castelos dos navios de séculos posteriores. Eram, nas naves da marinha medieval, simples estrados, que era possível montar ou desmontar em função das necessidades do momento.
Apesar de parecerem idênticas no seu conceito, a verdade é que as naves das ilustrações de topo e inferior são mais arcaicas do que a representada a meio. É fácil observar, com efeito, que esta (a da ilustração central) já está dotada com um leme axial, que foi inventado no decorrer do século XIV, ao que se presume. As outras são mais antigas, como o provam os lemes de esparrela que ainda usam; que, fixados nos bordos de ré, eram menos precisos e exigiam um maior esforço físico e de concentração por parte dos pilotos.
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