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Havia nele a máxima tensão,
Como um clássico ordenava a própria força,
Sabia a contenção e era explosão.
Não era só instinto, era ciência,
Magia e teoria já só prática,
Havia nele a arte e a inteligência.
Do puro e sua matemática.
Buscava o golo mais que golo - só palavra
Abstracção, ponto no espaço, teorema
Despido do supérfluo, rematava
E então não era golo - era poema.
(Manuel Alegre, o poeta que gosta de futebol)
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