sábado, 12 de outubro de 2013
BELEZAS DE PORTUGAL : O PALÁCIO NACIONAL DE QUELUZ
Aqui há uns dias atrás fui surpreendido por um amigo meu, a residir ali para os lados da Amadora, que me confessou nunca ter entrado no Palácio de Queluz. Mas, abstive-me de o criticar, porque subitamente me lembrei de que, eu próprio, não ponho os pés nesse magnífico edifício real do século XVIII há mais de 30 anos. Lembro-me que, aquando da minha derradeira visita, o achei um pouco maltratado... Espero que quando tiver a oportunidade de lá voltar (e acredito que isso possa acontecer brevemente), essa desagradável impressão se dissipe. O Palácio de Queluz foi um dos últimos grandes edifícios da Europa a ser construído em estilo Rococó. E tem histórias muito interessantes para contar. Foi o retiro preferido de D. Pedro de Bragança (que o utilizou como residência de Verão), marido e rei consorte de D. Maria I; que era sua sobrinha. Mais tarde, foi a prisão dourada da própria rainha, a partir do momento em que começaram a revelar-se os sintomas da sua loucura. E, 1794, após o devastador incêndio que arruinou o Palácio da Ajuda, foi em Queluz que passou a residir o futuro D. João VI -então regente do reino- que ali permaneceu até à 1ª invasão napoleónica e à sua fuga com a corte para o Brasil. Obra do arquitecto Mateus Vicente de Oliveira, este pequeno «Versalhes português» tornou-se propriedade do Estado em 1908 (ano do Regicídio). Em 1934 (já em pleno consulado salazarista), o histórico edifício foi pasto das chamas. Restaurado, está, desde há muito, aberto às visitas do público, sendo visitado anualmente por inúmeros turistas nacionais e estrangeiros. Uma das suas alas, o chamado pavilhão de D. Maria, foi construído entre 1785 e 1792 pelo arquitecto Manuel Caetano de Sousa e é, actualmene, residência exclusiva dos chefes de estado estrangeiros que visitam o nosso país. Este sumptuoso edifício foi classificado Monumento Nacional em 1910, ano da implantação da República. Uma visita a este palácio real impõe-se, pois, e deve, também, incluir um passeio pelos seus magníficos jardins. Visitar este monumento é, sem dúvida, uma maneira de enriquecer culturalmente.
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