«ESCRAVOS DO VÍCIO» («Days of Wine and Roses») é uma película norte-americana realizada por Blake Edwards. Estreou em 1962 e teve um elenco de luxo, encabeçado por Jack Lemon e por Lee Remick, mas que também contou com o trabalho competente, embora mais discreto, de Charles Bickford, Jack Klugman, Alan Hewitt, Tom Palmer e Debbie Megowan, entre outros. Esta fita, com fotografia a preto e branco e com 117 minutos de duração, foi distribuída pela companhia Warner Bros.. Recebeu vários prémios prestigiosos, nomeadamente o Óscar de 1963 para a Melhor Canção Original e, no Reino Unido, o BAFTA de 1964. Ainda em 1963, no Festival Internacional de San Sebastian, este filme recebeu o Prémio OCIC e viu a merecida consagração de Lemon e Remick, que ali, naquela cidade espanhola, foram distinguidos com os prémios de Melhores Actores. «ESCRAVOS DO VÍCIO» é um drama pungente, que tem por tema o alcoolismo. Assunto delicado, que Edwards tratou com grande inteligência, mas sem concessões, descrevendo, neste seu trabalho, a lenta mas segura degradação física e moral de um casal apanhado pela engrenagem do vício. Este filme é, ainda hoje, considerado um dos melhores jamais realizados em Hollywood sobre o flagelo do alcoolismo. A história contada é a de Joe Clay, agente publicitário, que, devido a pressões e problemas de vária ordem encontrados durante a sua carreira profissional, acabou por sucumbir ao consumo exagerado de álcool. E que arrastou, para o turbilhão em que se tornou a sua vida, a sua própria esposa. Eu nunca pude ver esta fita numa sala de cinema; e só o descobri nos anos 70, atravás da sua difusão por um canal francês. Mas, confesso que este melodrama arrepiante foi um dos filmes que mais marcou a minha vida de jovem adulto. Infelizmente, não tenho na minha videoteca uma cópia deste filme notável.
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