Esta explêndida película britânica, realizada em 1964 por Cy Endfield, foi distribuída internacionalmente pela companhia Paramount Pictures. «ZULU» É um filme colorido com uma duração de 135 minutos; que nunca são desinteressantes ou enfadonhos. A acção, que assenta num episódio da História colonial inglesa -o da batalha de Rorke's Drift, travada na África austral, no último quartel do século XIX, entre o exército britânico e guerreiros zulus- é aqui conduzida com mão de mestre e denota o 'savoir-faire' do já referido cineasta (um americano vítima do McCarthysmo, exilado na Europa) e da sua equipa técnica. «ZULU» também é servido por uma plêiade de grandes actores, de entre os quais será justo destacar Stanley Baker, Michael Caine, Jack Hawkins, Ulla Jacobsson, James Booth e Nigel Green. Refira-se, também, o nome de Mangosuthu Buthelezi (futuro líder político sul-africano), que aqui encarna a figura do seu bisavô, o rei zulu Catewayo. Servida por centenas de figurantes, esta fita reconstitui o ataque a um campo entrincheirado, onde uma centena de soldados do exército da rainha Vitória resistiu, durante, dias, aos ataques incessantes de milhares de Zulus; que, depois da contenda, quando tudo já parecia perdido para os brancos, desaparecem na linha do horizonte, sem chacinar os derradeiros defensores de Rorke's Drift; como para prestar homenagem à valentia demonstrada pelo inimigo... Esta epopeia (verídica, como já se assinalou) é um dos grandes filmes consagrados pela chamada 7ª Arte à aventura colonial britânica. E da qual «Zulu Dawn» (de Douglas Hickox, 1979) é, igualmente, um excelente e recomendável exemplo. O DVD de «ZULU» já foi editado em Portugal, de modo que é fácil comprovar quão interessante é esta fita da cinematografia britânica de meados dos anos 60 do passado século. Aquando da sua estreia na Europa, esta obra foi acusada de racista e de belicista, o que não me parece justo. Mas os leitores deste blogue, aos quais eu recomendo vivamente a sua visualização, dirão de sua justiça...
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