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Eu assisti, aqui há uns bons 60 anos, ao lançamento comercial das primeiras colecções de cromos educativos. Lembro-me que uma dessas primeiras colecções versava sobre História de Portugal e que a dita despertou entre os jovens um grande entusiasmo. Como, aliás, outras subordinadas aos mais variados temas. Para completar a colecção, era necessário comprar uma caderneta com espaços numerados, nos quais se colavam os respectivos cromos; que eram uns rectangulozitos de papel com imagens alusivas -no que respeita a Historia de Portugal- a um facto ou uma figura do nosso passado. E no verso de cada cromo havia um texto explicativo, que se repetia, no álbum, por baixo da zona de colagem. Os cromos eram adquiridos nas papelarias, em saquetas de papel, que continham 3 ou 4 cromos. E, assim, se iam colecionando, até completar a série. Os números repetidos eram trocados por inéditos, num 'negócio' alimentado pela malta das escolas. Enfim, o colecionismo destes cromos era uma actividade sã, que ia desenvolvendo os conhecimentos que, oficialmente, se recebiam na escola; cujos mestres encorajavam, geralmente, essa pratica do colecionismo cromático. Os desenhos coloridos (das vinhetas) eram obra de grandes ilustradores, tanto nacionais como estrangeiros. As imagens anexadas a este texto mostram a capa de uma dessas cadernetas da colecção História de Portugal (com uma ilustração dos tempos da Reconquista) e uma página completa da dita; que neste caso se refere à pessoa do rei D. Afonso IV e alude ao drama (do qual esse soberano foi protagonista) de Inês de Castro, esposa secreta de D. Pedro I, o Cruel. Boas lembranças...
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