Confesso que -no conjunto dos seus dois mandatos- a politica internacional do presidente Barack Obama me desiludiu. Porque ele deu, no meu entender, continuidade à política externa dos seus predecessores. Que foi péssima. A aproximação com Cuba e o futuro e desejado restabelecimento de relações diplomáticas e comerciais com esse discriminado país das Antilhas poderá, no entanto e aos meus olhos, melhorar a imagem de um homem com muitos falhanços e hesitações no exercício da sua governação. Estou profundamente convencido de que se Obama se sair bem desta prova -que o mundo segue com muito interesse- deixará o seu nome na História. Notoriedade já facilitada, obviamente, pelo facto de ele ter sido o primeiro afro-americano a assumir responsabilidades do mais alto nível na Casa Branca. Os sinais (positivos) de uma próxima normalização das relações entre estas duas nações vizinhas já passaram do estádio das conversações e prosseguem com vista a uma próxima troca de embaixadores. O perigo de tudo isto abortar é, todavia, real. Porque Obama está no fim do seu segundo mandato e porque pode haver a tentação -com a eleição possível de uma nova administração republicana- de um regresso ao passado. Veremos...
O autodenominado 'Estado Islâmico' e grupos terroristas afins permanecem hiperactivos em várias frentes. Sobretudo no Próximo Oriente e em África, onde continuam a assassinar e/ou a pressionar milhares de pessoas. A carnificina recentemente ocorrida numa universidade do Quénia constitui a prova sangrenta dessas suas criminosas actividades. Mas esses bárbaros não exercem só os seus actos perversos contra as pessoas. Veja-se, por exemplo, o que está a acontecer, neste momento, em Nimrud, cidade do actual Iraque, fundada no século XII a.C. e que é considerada o berço da civilização assíria, uma das mais antigas da História da Humanidade. Esse gigantesco campo arqueológico, semeado de vestígios materiais de incomparável valor, está a ser destruído sistematicamente pelos buldózeres, explosivos e picaretas dos novos vândalos, numa tentativa desesperada de apagar testemunhos fundamentais da civilização. Estou convencido de que virá o dia em que esses manipuladores serão identificados, um a um, e pagarão pelas malfeitorias que cometem. Em nome de um Deus a que eles próprios ofendem.
Toda a gente se lembra de como, aqui há umas semanas/meses atrás, os membros do (des)governo que temos nos encheu os ouvidos com a fantasiosa retoma do emprego e a subsequente descida do número de trabalhadores sem actividade laboral. Números falseados, como é sabido, pelo facto de não se tomarem em conta as centenas de milhar de portugueses que se expatriaram, nem de que muitíssimos dos 'novos empregos' eram, na realidade, estágios de formação profissional destinados, tal nuvem de fumo, a esconder a triste realidade. Ontem, no jornal «Público», um artigo com a assinatura de Mariana Correia Pinto veio confirmar aquilo que já todos sabíamos; que a maioria dos empregos criados em Portugal depois do novo êxodo (6 em cada 10) são estágios. Estágios que raramente levam à integração (por tempo indeterminado) numa empresa. É esta a verdade dos factos. E os senhores do (des)governo que pretendem o contrário estão, uma vez mais, a enganar as pessoas. Como é, aliás, seu hábito.
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