Soube, há poucas horas, do passamento de Nuno Teotónio Pereira, que nos deixou ontem (dia 21 de Janeiro) com quase 94 anos de idade. Grande nome da arquitectura nacional, o falecido deixou inúmeras obras de reconhecida qualidade, assinadas a título pessoal ou colectivo. Sobrinho de uma dos mais influentes figuras do Estado Novo, Nuno Teotónio Pereira cedo se incompatibilizou com o regime salazarista, contra o qual ergueu a sua voz de católico progressista. Quando se deu a Revolução dos Cravos, este homem de princípios encontrava-se detido no Forte de Caxias, de onde foi libertado pelos oficiais de Abril. Dele ficará a lembrança de um homem honesto e, obviamente, a de um profissional (por duas vezes galardoado com o Prémio Valmor) de grande competência e rigor.
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