quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

MiG-21 DA AVIAÇÃO MILITAR ANGOLANA

Este caça MiG-21 pertenceu à aviação militar da República Popular de Angola. Depois da independência desse país africano de língua oficial portuguesa -alcançada após 14 anos de guerra contra o colonialismo salazarista e na sequência da revolução do 25 de Abril, que, em 1974, apeou a ditadura- os angolanos do M.P.L.A. recorreram aos seus amigos da União Soviética (que sempre os apoiaram -diplomática e militarmente- na sua luta pela autonomia política) para construir umas forças armadas dignas da grande nação africana que pretendiam criar. E armamento moderno começou, desde então, a desembarcar no porto de Luanda. De entre esse material, figuravam meios aéreos como esta aeronave, que muito ajudou o novo governo a sobreviver; sobretudo, face à guerrilha interna (alimentada pela UNITA do chefe tribalista Jonas Savimbi) e face às tropas invasoras da África do Sul racista. África do Sul, que viu com razão, no seu novo vizinho, um perigo para a perenidade do odioso regime de 'Apartheid', imposto pela minoria branca. Ainda a propósito do caça MiG-21 (aparelho que foi exportado para 30 países de 4 continentes), diga-se que -em Angola- já foi retirado da linha da frente e substituído por máquinas de guerra mais sofisticadas, mais 'performantes', tais como o ágil e polivalente birreactor Sukhoi Su-27, também ele de origem russa. A aviação militar da R.P.A. nasceu da utilização de alguns aviões e helicópteros deixados, no terreno, pela F.A.P. (Força Aérea Portuguesa), depois de terminada a guerra colonial. Mas rapidamente, Angola assinou um contrato de assistência militar com Moscovo, que, para além do fornecimento de aviões de combate e outros, se comprometeu a assegurar a formação de pilotos na (hoje extinta) União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Aparelhos menos sofisticados do que o MiG-21 (tais como, por exemplo, o MiG-17) equiparam as primeiras unidades da agora chamada Força Aérea Nacional. Hoje em dia, os fornecedores diversificaram-se e Angola compra material de guerra (incluindo meios aéreos) à Rússia, mas também à China, aos E.U.A. e ao Brasil.

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