O nosso país sempre produziu excelentes conservas de peixe. As latas ('made in Portugal') de sardinhas, de atum, de anchovas e de outras espécies vendem-se no mundo inteiro e são, geralmente, muito apreciadas por quem a elas recorre, para confeccionar uma refeição rápida e nutritiva. A reputação das nossas conservas advêm-lhes do facto do peixe da nossa costa ser de reconhecida qualidade e dos moldes de produção nacionais serem dos mais modernos e higiénicos. Factores que determinam o esmerado produto final. Infelizmente, a indústria conserveira em Portugal já não é o que era (nem por sombras), embora tenha progredido no mercado das exportações nestes últimos anos. Lembro-me de ver, na minha meninice e na minha adolescência, inúmeras fábricas deste ramo em Setúbal e em Portimão. Todas fecharam ! Como recordação desses tempos faustos, quero aqui deixar duas sugestivas fotografias : a primeira (já antiga) mostra a labuta do pessoal feminino de uma dessas fábricas, executando aqui a tarefa da lavagem do peixe; a segunda representa, apenas e simplesmente, uma lata de conserva de sardinhas. Esta última foto é recente e isso adivinha-se graças à lingueta de abertura fácil, dispositivo que veio substituir (vantajosamente) a tradicional chavinha.
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