A açorda é, sem dúvida, o prato mais simples, mais singelo de toda a nossa cozinha regional. Apesar disso, essa comida ancestral -unicamente constituída, por água (a ferver), pão (caseiro), azeite, alho, sal e coentros- já se tornou um emblema do Alentejo. Um símbolo com direito a festivais, congressos e outros jubilosos encontros. Encontros de gente cujo principal objectivo é, reunindo-se à volta de uma malga de açorda, perpetuar -através dos tempos- a vida dessas olorosas e sápidas 'sopas'; que são um dos pratos mais típicos da minha terra transtagana.
Embora não faça parte da receita original, juntar ovos à açorda não é crime de lesa-majestade. Só que não faz parte da tradição. Porque a receita (cuja invenção se perde na noite dos tempos) foi criada numa altura em que as galinhas só punham ovos para... os ricos.
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