sexta-feira, 15 de novembro de 2013

IR A NANTES E VER O ELEFANTE

Passei o último fim-de-semana na região de Nantes (no sul da Bretanha), onde vivem e trabalham a minha filha mais velha, o meu genro e dois dos meus netos. Netos que (como o tempo passa...) já vão a caminho dos 22 e dos 19 anos de idade. Foram uns dias bem passados, apesar das temperaturas serem inferiores de metade àquelas que se fazem sentir neste cantinho à beira mar plantado; que o Verão de São Martinho tem beneficiado com um tempo digno da mais formosa das Primaveras.  Nantes, que é a quinta ou sexta cidade de França (no que respeita o número de habitantes), é uma urbe muito dinâmica, tanto do ponto de vista económico como cultural. A propósito desta sua última faceta, quero referenciar um espectáculo a que tive ocasião de assistir no domingo passado, assim como centenas de outras pessoas, ao qual os locais chamam 'o passeio do elefante'. Trata-se da saída de um enorme robot -representando um gigantesco paquiderme- que passeia no espaço outrora ocupado pelos famosos estaleiros navais da cidade. O 'bicho' faz parte de um projecto artístico verdadeiramente inédito, que se inspirou «nos mundos inventados por Júlio Verne (ficcionista natural da cidade), no universo mecânico de Leonardo da Vinci e na história industrial de Nantes». Na prática, trata-se de apresentar, à população local e aos turistas, a cidade de Nantes como «uma metrópole criativa de sonho e de fantasia». A máquina em questão -fruto da invenção dos membros de uma associação chamada 'Les Machines de Île de Nantes'- é realmente sensacional, visto pesar 45 toneladas e medir 12 metros de altura por 31 metros de comprimento por 8 metros de largura. E esta 'coisa' (que pode transportar 50 passageiros) move-se lindamente, ao mesmo tempo que solta urros e que rega os seus admiradores com intempestivos jactos de água vaporizada. Confesso que me entusiasmei como uma criança, o que pode parecer bizarro quando, na realidade, já me aproximo dos 70 anos de idade... Qualquer dia volto lá. Até porque a viagem aérea é assegurada regularmente, de Lisboa a Nantes, por uma companhia 'low cost', que pratica preços verdadeiramente incríveis. Mais baratos, em determinadas ocasiões, do que uma viagem de comboio entre a capital e a cidade do Porto.

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