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Barqueiro : a fotografia (bastante antiga) mostra um desses rudes homens do Douro, que -nas suas características barcas à vela- asseguravam o transporte de passageiros, de mercadorias e até de gado entre as duas margens do rio. Esta tarefa exigia força e destreza e era, por essas razões, reservada aos homens mais vigorosos e mais conhecedores das manhas de um curso de água ainda bravio e, por vezes, muito traiçoeiro.
Vendedor ambulante de bebidas frescas : os homens e as mulheres que exerciam este mester calcorreavam as ruas de Lisboa (e de outras urbes) nos tórridos meses de estio. Propunham, geralmente, aos seus clientes água fresca e capilé. Esta última bebida era um xarope de avenca, que, diluído em água fresquinha, era muito desalterante e muito saboroso. Desapareceu, quase completamente, para deixar espaço aos refrigerantes industriais.
Bagageiro da TAP : num tempo em que, no continente, só o aeroporto de Lisboa tinha alguma expressão internacional, os bagageiros da TAP (que, geralmente eram citadinos, vivendo na capital ou nos seus subúrbios) asseguravam o transporte de malas, maletas, pacotes e outros volumes, da sala de registo de bagagens directamente para o porão das aeronaves. Isto num tempo em que os aviões comerciais ainda estavam equipados com motores de hélice e que os controlos de segurança não existiam.
Sapateiro : curiosamente, chamam-se 'sapateiros', nos dias de hoje, ás pessoas que são profissionalmente incompetentes ou que exercem -sem brio- os respectivos ofícios. O que constitui uma tremenda injustiça para com estes profissionais do passado, que executavam todo o seu trabalho (árduo e de desempenho difícil) à mão; praticamente sem o auxílio de maquinaria. Tive um tio que era sapateiro e, desde menino, me dei conta, ao observá-lo, de que o seu trabalho exigia rigor e competência. Enfim, precisamente o contrário da reputação que, por pura imbecilidade, foi feita aos profissionais do ramo.
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