sexta-feira, 25 de maio de 2018
THE END
Este blogue encerra hoje a sua actividade. Por causa de constrangimentos e de leis que eu -confesso- não sei interpretar, mas que não quero infringir. Porque eu não sou (nem nunca fui) um bandido. Invitaminerva era, para o velho que o geria, um simples passatempo e uma maneira de ir mantendo a mente desperta e o contacto com a língua portuguesa. Nada mais do que isso... Obrigado a todos os que me visitaram pela vossa compreensão e mil desculpas àqueles que se possam ter sentido ofendidos ou prejudicados pelos textos ou imagens que aqui se foram publicando. Bem hajam e adeus.
VÊM AÍ AS CEREJAS !
As deliciosas cerejas produzidas na região serrana da Gardunha (localizada ali para as bandas do Fundão) já começam a aparecer nos mercados. E agora é aproveitar, porque a época desses frutos é curta. Segundo um edil da referida cidade do Fundão (que eu vi e ouvi na TV), a produção e o comércio das cerejas tem grande importância na economia desse concelho da Beira Baixa, pois gera lucros anuais da ordem dos 20 milhões de euros. O que está longe de ser negligenciável.
quarta-feira, 23 de maio de 2018
RELIGIOSIDADE
Na América do Norte -no tempo dos pioneiros- a leitura da Bíblia era assegurada por um veterano da comunidade. Que, à falta de templo, reunia os crentes num qualquer recanto da nova Terra da Promissão e louvava a Deus com cânticos consagrados à Sua eterna glória... Esta sugestiva e bonita tela é obra do grande pintor mexicano Alfredo Rodriguez, que vive e trabalha nos Estados Unidos.
'CAKES'
É bom com atum e com sardinhas de conserva, é bom com fiambre e com outras carnes frias, é bom com azeitonas... E é, também, muito fácil e económico de realizar. Na Internet há muitas receitas e sugestões para confeccionar 'cakes' com sucesso. É só dar-se ao trabalho de procurar. Mãos à obra, porque até os mais desajeitados na cozinha conseguem fazer isto. E gostar disto.
ADEUS JÚLIO POMAR
Faleceu ontem, em Lisboa, com 92 anos de idade, um dos maiores artistas portugueses do século XX e deste início de centúria : o pintor Júlio Pomar. Aqui fica expressa a nossa pena por ver desaparecer essa grande figura da nossa cultura contemporânea; sabendo, no entanto, que até os melhores de todos nós têm -passe a expressão- um 'prazo de validade', e que chegou a hora de nos conformarmos com a natural partida do artista. Que, viverá para sempre na nossa memória e no nosso coração, enquanto durarem as obras que ele nos legou. Adeus mestre !
terça-feira, 22 de maio de 2018
O BRASÃO DE ARMAS DE VANCOUVER (CANADÁ)
Confesso que o que eu acho mais curioso no brasão de armas da cidade de Vancouver (a mais importante metrópole da costa canadiana do Pacífico) não é, propriamente, o escudo e os seus elementos : que evocam o mar (as faixas ondeadas), o pioneirismo de uma nação ameríndia (o totem) e as flores de corniso (arbusto local). Mas, isso sim, os tenentes, que são as figuras humanas que ladeiam e sustentam o brasão. E que aqui representam um lenhador e um pescador. Como para dar mais consistência ao lema adoptado pelo município de Vancouver. Que é o seguinte : «Nós prosperamos pelo mar, pela terra e pelo ar». Tive, há já muitos anos, a oportunidade de visitar algumas das mais importantes cidades do Canadá, tais como Quebeque, Montreal, Otawa, Toronto; mas nunca tive a ocasião- como eu tanto desejei- de visitar Vancouver, na Columbia Britânica, a mais ocidental das províncias desse gigantesco e prodigioso país que é o Canadá. E tenho pena...
EÇA NUM MOMENTO DE REPOUSO
Esta velha fotografia mostra-nos Eça de Queirós -um dos grandes vultos da literatura portuguesa do século XIX- num momento de repouso, lendo os jornais... O genial autor de «Os Maias», de «A Cidade e as Serras» e de outras inolvidáveis e valiosas obras, nasceu na Póvoa de Varzim em 1845 e faleceu em França (em Neuilly-sur-Seine), onde fora embaixador de Portugal.
TEMPOS DE LUTA CONTRA A AGRESSÃO NAZI
Estes caças Polikarpov I-16 (que, nesta ilustração, sobrevoam o Kremlin) asseguraram -em 1941, nos primeiros tempos da invasão nazi- a defesa aérea da capital da U.R.S.S.. Mas a sua vetustez fê-los, pouco depois, retirar da primeira linha de combate, para dar lugar a máquinas mais modernas e 'performantes'. Valery Chkalov (também representado na tampa desta caixa de kits da marca ARK Models) foi um dos ases que participou na defesa de Moscovo e que pela sua acção exemplar recebeu a estrela de ouro de Herói da União Soviética. (Clique com o rato na imagem, para a ampliar).
VIVÊNCIAS DE OUTROS TEMPOS...
Avaliando um pote de barro na feira de Águeda... Antes da 'invasão' dos plásticos e dos alumínios na nossa vida quotidiana.
segunda-feira, 21 de maio de 2018
DESPORTIVO DAS AVES VENCE A TAÇA DE PORTUGAL
Perante a multidão que, habitualmente, enche o estádio do Jamor e ali costuma fazer a festa do futebol nacional, o Desportivo das Aves defrontou, ontem, e venceu a equipa do Sporting Clube de Portugal. O resultado foi de 2-1 a favor dos nortenhos; que mereceram amplamente a vitória e regressar à sua terra com o prestigioso troféu. A época futebolística 2017-2018 fica, assim, encerrada com uma derrota dos 'leões'; que, como é do conhecimento geral, talvez estivessem ainda diminuídos psicologicamente pelos actos cometidos por um bando de adeptos tresloucados do seu clube. Que chegaram (como também ninguém ignora) à baixeza de espancar jogadores e técnicas nas instalações da Academia de Alcochete. Acto bárbaro, que a justiça já está, felizmente, a investigar. Isto dito, refira-se, uma vez mais, que o triunfo do Aves foi claro e que a sua conquista não pode, de modo algum, ficar ofuscada por acontecimentos que não foram da sua responsabilidade. Vivam, pois, o Desportivo das Aves, os seus atletas, os seus técnicos e todos os seus adeptos. Que estão de parabéns !
FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA/FEIRA DO RIBATEJO
Estamos a pouco mais de dez dias da Feira Nacional da Agricultura/Feira do Ribatejo. Que vai decorrer de 2 a 10 de Junho, e como é habitual, na cidade de Santarém. Este evento tem a particularidade de, em 2018, consagrar tempo e espaço ao tema 'Olival e Azeite', com mostras, exposições, provas e debates sobre a olivicultura portuguesa; que será bom não perder. Simultaneamente, o espaço da Feira continua a ser um lugar de gastronomia, de cultura, de divertimento e muito mais. Se eu pudesse lá ir, juro que não falhava esta oportunidade.
sábado, 19 de maio de 2018
MUNDIAL, MUNDIAIS
Nesta altura em que os 23 eleitos de Fernando Santos já fazem as malas para se deslocarem à Rússia -onde vão participar no Campeonato do Mundo de Futebol- muito me apraz colocar, aqui, uma foto tirada aos 'Magriços'. Que foi uma das nossas melhores selecções de futebol de sempre ! E que, não tivesse o Mundial de 1966 sido disputado em Inglaterra, talvez tivesse trazido para a nossa terra o prestigioso caneco; pois foi a formação que, nessa competição, melhor futebol praticou... Já agora vou lembrar o nome dos atletas que figuram na fotografia anexada : De pé, da esquerda para a direita : Germano, Graça, Festas, Hilário, Vicente e José Pereira- Agachados e pela mesma ordem : José Augusto, Torres, Eusébio, Coluna e Simões.
sexta-feira, 18 de maio de 2018
CARA LINDA
Candice Bergen é uma das estrelas mais bonitas do cinema americano. De sempre ! E foi, sem favor, uma excelente actriz. Adorei vê-la em todos os seus filmes; mas muito especialmente em «Soldado Azul» («Blue Soldier»). Um western diferente, realizado (em 1970) por Ralph Nelson e no qual ela contracenou com Peter Strauss e Donald Pleasence. Um filme que evoca o ignóbil massacre de Sand Creek, ocorrido em data de 29 de Novembro de 1864.
BOM BOBÓ
Nunca provei, nunca comi. Mas acredito que muito apreciaria este prato típico da culinária baiana : o Bobó de Camarão. Quem o apanhasse...
DVD's : «ANDERSONVILLE» & «MR. HORN»
Acabam de ser lançadas no mercado espanhol as cópias DVD das mini-séries «Andersonville» e «Mr. Horn». Dois fabulosos êxitos da TV norte-americana, descurados, até agora, pelos editores videográficos de muitos países da Europa. O que é lamentável, considerando a qualidade das ditas. «Andersonville» descreve o inferno do campo de concentração do mesmo nome, que, nos anos 60 do século XIX, os Confederados instalaram na Geórgia, para acolher prisioneiros do exército unionista. Por ali passaram 45 000 prisioneiros de guerra ianques. Que, devido à fome, à sede, ao calor, às deploráveis condições sanitárias, a doenças e aos maus tratamentos infligidos pelos guardas ali morreram em massa. Nesse antro de miséria e de sofrimento pereceram 13 000 homens do exército federal ! É a história de alguns desses prisioneiros do campo de Andersonville (considerado, por muitos historiadores, como o inspirador antepassado dos campos de extermínio nazis) que é contada -com verdade- neste telefilme. Que todos deveriam ver...
Já «Mr. Horn» (que, há muitos anos, teve direito, por cá, a um cópia em cassete VHS) conta-nos o percurso de vida de Tom Horn. Que, na qualidade de 'scout' da cavalaria dos Estados Unidos, se ilustrou na captura de Gerónimo, o derradeiro resistente Apache. E que, depois disso, se tornou assassino profissional a soldo de um grémio de poderosos ganadeiros do Wyoming. O homem acabou por ser identificado como um assassino de colonos, juldado e enforcado...
Pena é que os DVD's em questão não tenham legendagem em português. Nem sequer em castelhano, pois foram, muito, simplesmente dobrados em espanhol. O que é, deveras, redutor e frustrante.
A CRISE SPORTINGUISTA
Optando por não se demitir (com os últimos irredutíveis da directoria sportinguista) o ainda presidente do clube de Alvalade está a forjar a imagem de coveiro da prestigiosa agremiação lisboeta. Empurrado por todos, o homem (que é de uma cabeçudice obsessiva, doentia) agarra-se encarniçadamente ao poder, embora negue a evidência. Atitude que pode acarretar, no curto termo, problemas quase insolúveis ao clube. Outra coisa que já todos perceberam, inclusivamente muitos adversário dos alvi-verdes, é que o Sporting Clube de Portugal -enquanto emblema com indesmentíveis pergaminhos no mundo do desporto, mas não só- não merece isto... E o que eu (embora benfiquista assumido) sinceramente desejo ao clube rival é um regresso, sem delongas, à normalidade; para que possa continuar o seu caminho ao serviço do desporto nacional e de toda a comunidade leonina.
O VAPOR «LISBONENSE»
O vapor «Lisbonense» foi a segunda embarcação assim baptizada a operar entre as duas margens do Tejo, na qualidade de transporte de passageiros. Este cacilheiro foi construído na Bélgica, nos estaleiros de John Cockerill, em Hoboken(*), no ano de 1901. Usou (primitivamente e por curto espaço de tempo) o nome de «Rainha Dona Amélia». Pertenceu à frota da Parceria de Vapores Lisbonenses e apresentava as seguintes características : casco de aço; 299 toneladas de arqueação bruta; 4o,40 metros de comprimento; 8 metros de boca; 2,65 metros de pontal. Era movido por 2 máquinas de tríplice expansão (desenvolvendo 400 cv de potência) e por 2 hélices. Para além de ter assegurado o transporte regular de pessoas entre Lisboa e a Outra Banda (sobretudo a ligação com Cacilhas), o «Lisbonense» também foi utilizado em excursões fluviais no Tejo (Vila Franca de Xira, Azambuja) e em passeios pelo litoral (baía de Cascais, praia das Maçãs). Este cacilheiro sofreu trabalhos de transformação em 1903, de modo a poder receber a bordo veículos automóveis. O seu armador alugou-o, em 1918, à empresa portuense Fretamentos Marítimos Lda., que o utilizou no transporte de mercadorias diversas para portos estrangeiros. A sua derradeira e fatídica viagem iniciou-se em Leixões no dia 22 de Agosto desse mesmo ano. No dia seguinte, quando o «Lisbonense» nevegava para Bristol (Grã-Bretanha), foi interceptado ao largo do cabo Prior (Galiza) por um navio de guerra alemão (submarino ?), que o metralhou e afundou. Curiosidade : este velho cacilheiro dispunha de um seguro de 200 contos de réis numa companhia lisboeta. A sua destruição durante a Grande Guerra provocou a falência da dita, de modo que o seu proprietário só seria (parcialmente) indemnizado alguns anos depois da perda do navio.
(*) O escrevinhador destas linhas trabalhou, algum tempo, nesse estaleiro do rio Escalda. Onde foram construídos para a marinha mercante portuguesa alguns navios; nomeadamente (e entre outros) os quase lendários paquetes «Vera Cruz» e «Santa Maria». Este articuleto foi publicado (ligeiramente modificado), em 2011, no blogue ALERNAVIOS, também de sua responsabilidade.
(*) O escrevinhador destas linhas trabalhou, algum tempo, nesse estaleiro do rio Escalda. Onde foram construídos para a marinha mercante portuguesa alguns navios; nomeadamente (e entre outros) os quase lendários paquetes «Vera Cruz» e «Santa Maria». Este articuleto foi publicado (ligeiramente modificado), em 2011, no blogue ALERNAVIOS, também de sua responsabilidade.
EPISÓDIOS ESQUECIDOS DA NOSSA HISTÓRIA : A TRAIÇÃO DE D. MÉCIA
D. Mécia López de Haro foi uma fidalga natural da Biscaia, onde nasceu por volta de 1215. Era neta bastarda do rei de Leão Afonso IX e, assim, aparentada ao Fundador da Nacionalidade, D. Afonso Henriques. Casaram-na, com apenas 12 anos de idade, com um certo Álvaro Peres de Castro, cavaleiro da Reconquista, que ganhou fama de bravura nas lutas travadas contra os sarracenos. Mas que a deixou viúva ainda jovem. D. Mécia desposou, em 1240 (ou ano próximo) o rei de Portugal D. Sancho II, que por ela se embeiçou. Soberano que, como é sabido, foi apeado do trono por seu irmão D. Afonso III, o Bolonhês, após uma guerra civil que este último ganhou, com a cumplicidade de parte da nobreza portuguesa e a implicação directa do papa Inocêncio IV e dos eclesiásticos nacionais; que alinharam naquela que foi (tanto quanto pensamos ter sido) uma das maiores ignomínias da História Medieval portuguesa. Na queda do seu real esposo também participou activamente esta D. Mécia, que -na opinião de credíveis historiadores- terá co-organizado o seu próprio rapto, contribuindo, dessa forma, para minar o moral e a autoridade de D. Sancho II, aquando da sua luta para guardar a coroa que por direito lhe pertencia. Essa fuga fez-se posteriormente à anulação papal do seu casamento (pela bula 'Sua nobis') e na sequência da deposição do rei pela Santa Sé. O autor conhecido desse acto de lesa-majestade, dessa vilania, foi um fiel apoiante da causa do Bolonhês -Raimundo Viegas de Portocarreiro- que, socorrendo-se de uma hoste colocada sob as ordens de Martim Gil de Soverosa, investiu o paço de Coimbra (onde então parava a corte) e subtraiu a rainha à intimidade do rei. E que a foi (com a sua provável cumplicidade) colocá-la no castelo de Ourém (considerado, então, inexpugnável), que resistiu a todos os assaltos das forças reais. Como é sabido e como já acima foi referido, el-rei acabaria por perder a guerra contra tão poderosos inimigos e por refugiar-se em Toledo; onde faleceu, doente e desiludido, no dia 4 de Janeiro de 1248. Quanto à sua traiçoeira mulher -que depois do passamento do esposo, passou a beneficiar da alta protecção do seu sucessor no trono de Portugal- acabou, também ela, por falecer em território do país vizinho. Morreu em Palência no ano de 1271, amaldiçoada pelo povo de Portugal; que a terá associado à lendária e detestada figura da Dama Pé-de-Cabra e que nunca lhe perdoou a aleivosia.
quarta-feira, 16 de maio de 2018
É ÚTIL NÃO ESQUECER
Através deste selo emitido pela sua administração postal em 2006, a República de Cabo Verde lembrou que as suas ilhas também estiveram na rota do tráfego de escravos para as Américas. É útil não esquecer essa mácula na História Universal, à qual, nós Portugueses, demos forte contributo. Infelizmente !