quinta-feira, 22 de março de 2018
FIGURAS (QUASE) ESQUECIDAS DA NOSSA HISTÓRIA
O padre jesuíta Gabriel de Magalhães (natural de Pedrógão Grande, onde nasceu em 1610) partiu para o Oriente em 1634. Depois de ter passado algum tempo em Goa, transferiu-se para Macau e, dali, para a cidade de Hang-chou e, mais tarde, para a província de Su-chuen, ambas na China; onde permaneceu até 1677, ano da sua morte, que ocorreu em Pequim. Desenvolveu obra missionária, foi perseguido, torturado, condenado à morte (por ter vivido, de perto, o drama da perseguição aos cristãos actóctones) e poupado pelo imperador K'ang-Hi; a quem o religioso português acabaria por prestar grandes serviços. Dessa época cruel, guardou o padre Gabriel de Magalhães um aleijão, provocado pelas sevícias sofridas; e recordações amargas que lhe fizeram dizer em 1661 : «Há 22 anos que vivo nesta missão e tanto há, que como pão de tribulação e bebo fel de dragões». Deixou-nos vários escritos, nomeadamente a obra «Doze Excelências da China». Livro cuja tradução foi publicada em Paris no ano de 1688 com o título «Nouvelle Rélation de la Chine». E que, ainda nesse ano, teve a sua versão em língua inglesa. Infelizmente, esta ilustre figura do século XVII está, hoje, apagada da memória dos Portugueses. O que é pena...
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