O mais estranho de todos os aviões militares construídos durante a Segunda Guerra Mundial foi, sem sombra de dúvida, o Blohm und Voss Bv.141A. Concebido (em finais dos anos 30) pelo engenheiro Richard Vogt, dos quadros da supracitada firma, este aparelho monomotor apresentava um desenho ousadíssimo, que se caracterizava pela instalação do propulsor na extremidade dianteira da fuselagem e de uma cabine montada assimetricamente na asa direita do curioso avião. O Bv.141A, que fora estudado para executar missões de reconhecimento e de cooperação com as tropas terrestres, realizou o seu primeiro voo experimental no dia 25 de Fevereiro de 1938. Uma dezena de máquinas deste tipo foram construídas (incluindo 3 protótipos) a expensas da Blohm und Voss, mas o Ministério do Ar nazi recusou-se a financiar o programa, talvez confundido com a originalidade da sua inovadora concepção. E substituíram-no, no seio da força aérea, por um avião de reconhecimento rival de linhas clássicas, proposto pela firma aeronáutica Focke Wulf : o Fw.189. Embora com acção limitada no conflito, o Bv.141A resta, no entanto, o mais insólito avião militar que jamais cruzou os céus da Europa durante a mais conturbada época da sua história.
Principais características do Blohm und Voss Bv.141A
Tipo - Reconhecimento e apoio de tropas terrestres
Envergadura - 15,45 m
Comprimento - 12,15 m
Altura - 4,10 m
Peso máximo à descolagem - 3 895 kg
Tecto operacional máximo - 9 000 m
Velocidade máxima - 400 km/h (a 3 800 m de altitude)
Autonomia - 1 140 km
Motor - 1 BMW 132N, radial de 9 cilindros (refrigerado por ar) e 865 cv
Armamento - 4 metralhadoras, 200 kg de bombas
Tripulação - 3
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