quinta-feira, 23 de outubro de 2014
PÁGINAS DE HISTÓRIA
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A conquista de Ceuta ocorreu no dia 21 de Agosto de 1415. Essa cidade do norte de África foi tomada por el-rei D. João I e pelos seus filhos, após uma luta esforçada e sangrenta contra a guarnição e população locais. Os reis de Portugal (da dinastia de Avis) guardaram essa cidade estratégica do estreito de Gibraltar durante 165 anos. Mais 60 com os Filipes. Mas, em 1580, em consequência da união dos dois reinos ibéricos, a cidade recebeu (como contributo para a sua defesa) contingentes militares espanhóis e um acréscimo de população europeia proveniente de Espanha. Assim, quando em 1640 os Portugueses se rebelaram contra a autoridade de Madrid e proclamaram D. João IV como único rei de uma nação soberana, tornou-se impossível reaver essa praça que simboliza o arranque luso para a expansão ultramarina. As ilustrações mostram (a primeira) um painel de azulejos assinalando a conquista da cidade pelos Portugueses, representando a figura central o Infante D. Henrique, que ali recebeu as suas esporas de cavaleiro. A seguinte mostra um ginete espanhol (de 1584) pertencente à Compañia de Lanzas de Ceuta. E a terceira é uma representação do brasão de armas da cidade, tal como ainda existe nos nossos dias. Em relação à soberania de Ceuta, existe, como se sabe, um conflito diplomático entre os reinos de Espanha e do Marrocos; exigindo este a sua integração definitiva (assim como a de Melilla) no seu território. Esta cidade carregada de História, ocupa uma superfície de 18,5 km2 e tem uma população (maioritariamente espanhola) superior a 82 000 habitantes. A imprensa internacional têm-se referido, amiúde, nestes últimos anos, a Ceuta, devido aos muitos emigrantes africanos que a assediam diariamente, com o intuito de alcançarem a Europa comunitária.
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