Li num dos jornais de hoje, que aqui ao lado, em Espanha, umas 50 pessoas foram -nestes últimos dias- parar com os costados à cadeia; onde aguardam o julgamento em tribunal por crimes de corrupção. São, na sua quase generalidade, políticos (entre os quais está um figurão, que foi nº 2 do governo) e funcionários regionais e municipais. Que confundiram o dinheiro público com a sua própria carteira. Isto dá que pensar, num país onde impera a corrupção e onde, lamentavelmente, ninguém é responsabilizado pelas ladroeiras fenomenais que comete. Ainda há poucos dias a imprensa lusa se referiu à partilha de muitos milhões de euros por 'cavalheiros' implicados no sujo negócio dos submarinos. Mas que eu saiba ainda ninguém foi preso. E porquê, se esses indivíduos que lesaram o Estado estão perfeitamente identificados ? -O mesmo acontece com aqueles que pilharam, de maneira indecorosa, o B.P.N. e o B.E.S.. Que, como todos sabem, causaram a ruína de tantos particulares e de tantas empresas e contribuíram para o agravamento dos impostos dos portugueses. Que, geralmente, são quem paga -de uma ou de outra maneira- a factura apresentada pelos vigaristas de colarinho branco que pululam neste país. A proceder assim, deixando impune a ladroagem, não vamos a lado nenhum. Porque esta forma de agir da nossa justiça é de molde a encorajar a gatunice e a multiplicar o número daqueles que a praticam.
Dilma Rousseff ganhou as eleições presidenciais do Brasil por uma unha negra. Espero que a presidenta (como ela gosta que lhe chamem) tire desse quase desaire as ilações que a levem a prestar uma maior atenção aos casos de corrupção que atingiram o seu próprio partido e que foram aproveitados pelos seus adversários para denegrir a sua pessoa (que, estou certo, não os promoveu) e o P.T., o seu partido. E que esteja também mais atenta aos problemas que afectam a população brasileira no seu quotidiano; que são muitos e diversificados, como os relativos à saúde, à habitação, à violência, etc, etc. Eu confesso que fiquei contente com a sua reeleição, porque sei que nunca o Brasil evoluiu tanto (e em tão pouco tempo) como nos anos do seu mandato e nos de Lula da Silva, o seu predecessor. E essa evolução é visível, a todos os níveis, como o podem testemunhar muitos milhares de brasileiros residentes em Portugal e que a têm observado aquando de viagens recentes à sua pátria. Só que, de um país com as potencialidades do Brasil, há que esperar mais. Muito mais. Confiemos...
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