quarta-feira, 8 de maio de 2013

A MORTE DA CEGONHA

/////// Ontem, numa viagem entre a cidade de Abrantes (onde fui fazer compras) e a minha terra, deparei-me com os impressionantes despojos de uma cegonha branca. Foi, à beira da estrada, nas proximidades de Alvega, localidade do Ribatejo oriental onde, por sinal, nidificam muitas destas grandes aves pernaltas. Ao que imagino, a cegonha a que me refiro deixou-se surpreender e colher por um veículo automóvel. Deve ser um fenómeno raro, já que é a primeira vez que eu vejo algo assim. Geralmente, as cegonhas procuram alimentos no campo, evitando as estradas e outros locais onde há circulação rodoviária densa. Terá o bicho, que nesse caso voaria baixo, sido surpreendido por um camião TIR, dos muitos que por ali passam na direcção do Alto Alentejo e de Espanha ? É possível, já que esses veículos têm, regra geral, um reboque cuja capota culmina a mais de dois metros de altura. Fiquei deveras impressionado, até porque só nestas dramáticas condições é que me pude aperceber das reais dimensões desta magnífica ave; outrora migratória, mas que, há já alguns anos, decidiu passar por aqui os invernos. Mesmo quando eles são rigorosos, como o último.

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