sábado, 12 de novembro de 2011
OS FILMES DA MINHA VIDA (87)
«A CAMINHO DA FORCA»
FICHA TÉCNICA
Título original : «Along the Great Divide»
Origem : E. U. A.
Género : Western
Realização : Raoul Walsh
Ano de estreia : 1951
Guião : Walter Doniger e Lewis Meltzer
Fotografia (p/b) : Sid Hickox
Música : David Buttolph
Montagem : Thomas Reilly
Produção : Anthony Veiller
Distribuição : Warner Bros.
Duração : 88 minutos
FICHA ARTÍSTICA
Kirk Douglas ………………………………….. Len Merrick
Virginia Mayo ………………………………… Ann Keith
Walter Brennan ……………………………. Pop Keith
John Agar ………………………………………. Billy Shear
Ray Teal ………………………………………….. Lou Gray
Hugh Sanders ………………………………… Frank Newcombe
Morris Ankrum ………………………………. Ed Roden
Charles Meredith ………………………….. o juiz
James Anderson …………………………….. Dan Roden
Carl Harbaugh ………………………………… Jerome
SINOPSE
Acusado de ter assassinado o filho de um poderoso ganadeiro, Pop Keith é salvo de um linchamnto pelo xerife Len Merrick, que decide apresentá-lo a julgamento no tribunal de Santa Loma.
Mas a localidade em questão encontra-se a vários dias de viagem do lugar do crime -do outro lado de um extenso e árido deserto- e o representante da lei terá, até lá chegar com o seu prisioneiro, de afrontar a inclemência dos elementos naturais e a traição de um dos seus auxiliares, além da ira dos familiares da vítima e da filha do presumível homicida. Os Roden, pai e irmão do assassinado, não querem abdicar da aplicação de uma justiça mais expeditiva; e Ann, a filha do prisioneiro -que está plenamente convencida da inocência do seu progenitor- vai tentar tudo para o libertar.
Mas, apesar de todas as dificuldades que se lhe apresentam e até do amor que Ann Keith lhe inspira, o xerife está determinado a cumprir a sua missão, conduzindo o preso, custe o que custe, à presença do juíz do território. Para que justiça seja feita !
Finalmente em Santa Loma, o velho Keith é julgado e condenado à pena capital, como já se previa. Antes, porém, do sentenciado subir ao patíbulo, o xerife Merrick vai descobrir uma prova que iliba Pop do crime de que é acusado e que revela a verdadeira identidade do assassino de Ed Roden. Que, afinal, não é outro senão o seu próprio irmão Dan...
O MEU COMENTÁRIO
As paisagens adustas do deserto de Mojave e das altas serras californianas servem de quadro a este simpático western de Raoul Walsh, caracterizado por uma intriga policial, na qual Merrick/Douglas acaba por descobrir o verdadeiro autor de um horrendo crime de morte e por, subsequentemente, salvar da forca o pai (Keith/Brennan) da sua amada Ann (Virginia Mayo).
«A Caminho da Forca» é o primeiro western da carreira de Kirk Douglas, que, depois desta fita, participará em muitos mais filmes do género. Foi, aliás, em vésperas da sua participação neste filme, que o actor aprendeu a montar a cavalo e a manusear as armas de fogo específicas dos heróis do Faroeste : os revólveres inventados por Samuel Colt e as carabinas de repetição Winchester.
A rodagem desta película (pela qual Douglas confessaria nunca ter sentido o mínimo interesse) marca também o único encontro profissional entre este actor e o veterano Raoul Walsh, uma das figuras gradas do cineme de aventuras ambientadas no Oeste americano.
Virginia Mayo (que aqui desempenha o papel de Ann Keith) é, igualmente, uma referência do cinema western, visto ter participado numa boa dezena desses filmes. Entre eles será justo lembrar alguns grandes sucessos, tais como «Golpe de Misericórdia», também de Walsh (1949), «Destinos Opostos» (1952) e «Vencer ou Morrer» (1958), ambos de Gordon Douglas.
Voltando ao filme aqui em apreço, vou citar Christian Bossuyt (autor da obra «50 Ans de Western») que, acerca de «A Caminho da Forca», escreveu o seguinte : «Walsh expôs maravilhosamente bem o conflito existente entre o amor e o dever. Ele fez desse conflito o drama central desta fita, na qual se opõem constantemente Len Merrick e Ann Keith. Toda a história e as suas peripécias gravitam à volta deste par que pensa odiar-se e que, finalmente, descobre que se ama (...) este filme é uma patética osmose entre o ódio, o amor e o dever».
(M.M.S.)
Cartaz editado na Bélgica; país onde o filme tem, curiosamente, um segundo título : «Une Corde Pour te Pendre»
Da esquerda para a direita : Ann Keith (Virginia Mayo), Pop Keith (Walter Brennan), Len Merrick (Kirk Douglas) e Billy Shear (John Agar) são as principais personagens desta fita que Raoul Walsh realizou em 1951
O outro cartaz belga
Raoul Walsh (1887-1980) -um dos quatro famosos realizadores zarolhos de Hollywood- foi um dos grandes especialistas do cinema western. A sua filmografia compreende cerca de 20 películas (sonoras) do género. Quase todas elas de excelente factura
Kirk Douglas interpreta, nesta fita, o papel do intransigente xerife Len Merrick
Cartaz alemão
O xerife Merrick (Douglas) impede, 'in-extremis', o linchamento de Pop Keith (Brennan), acusado de um crime de sangue
Cartaz espanhol
O olhar indiscreto dos homens pousa-se sobre a graciosa figura de Ann (Virginia Mayo)
Cartaz argentino
Pop Keith (Brennan) acaba por ver reconhecida a sua inocência. Abraçados, Merrick (Douglas) e Ann (Mayo) manifestam uma felicidade partilhada
Capa do DVD editado no Brasil, onde o filme se intitula «Embrutecidos pela Violência»
Outro cartaz norte-americano
Cartaz italiano
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