sexta-feira, 11 de novembro de 2011
FADO DA MEIA LARANJA (LETRA)
FADO DA MEIA LARANJA
Ali à Meia Laranja
Meio inferno de Lisboa
Onde a morte anda a viver;
Há milhares de olhos baços
E a vida tem quatro braços
Para a morte se esconder
Por entre gente perdida
Jovens entregam a vida
À loucura que se esbanja
E nas veias da tristeza
Tantas facas de pobreza
Ali à Meia Laranja
Há tanto cavalo à solta
Com chicotes de revolta
Num galopar que magoa
Há punhais de infelicidade
E ali se mata a idade
No coração de Lisboa
(letra : José Luís Gordo; música : Joaquim Campos/fado Vitória; intérprete mais conhecido : José Manuel Osório)
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Neste seu poema sombrio e trágico, José Luís Gordo (alentejano de Vila de Frades, Vidigueira) refere a miséria do bairro lisbonino da Meia Laranja, considerado, durante muito tempo, o supermercado da droga da capital; e onde esse tráfico imundo ceifou a vida a dezenas de jovens portugueses sem esperança no porvir da sua terra
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