O canal de Suez -colocado desde 1956 sob soberania do Egipto, país cujo território atravessa- foi aberto, após 10 anos de trabalhos executados sob a orientação do engenheiro francês Ferdinand de Lesseps. Contribuiu para encurtar as distâncias (marítimas) entre a Europa e a Ásia, a Oceania e a costa oriental de África. Na sua construção morreram 120 000 operários; em acidentes de trabalho, mas, sobretudo, por causa das epidemias de cólera. Esta via marítima artificial liga o Mediterrâneo ao mar Vermelho. Foi modernizada em 2015, de modo a permitir a passagem de um maior número de navios e de embarcações de maior porte. Uma média de 15 000 navios, de todas as nacionalidades, utilizam anualmente este canal, que mede 193 quilómetros de comprimento por 24 metros de profundidade. Segundo a Convenção de Constantinopla, que rege a sua utilização, o canal de Suez pode ser utilizado «em tempo de guerra como em tempo de paz, por todos os navios mercantes ou de guerra, sem distinção de bandeira». As fotos (de topo) mostram o canal visto do espaço e a sua travessia por uma esquadra da US Navy, encabeçada pelo porta-aviões nuclear «America». A ilustração inferior mostra-o no dia da sua inauguração, que ocorreu no dia 16 de Novembro de 1869. Cerimónia à qual assistiu, vejam bem, o nosso ilustre compatriota Eça de Queirós; que, nessa ocasião, escreveu uma crónica para o «Diário de Notícias» sobre o evento.
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