sábado, 14 de abril de 2018
NA EUROPA AMA-SE O CINEMA WESTERN. EM PORTUGAL, MUITO POUCO...
Contrariamente ao que acontece na nossa terra -onde o cinema western sempre foi considerado um género menor, pouco apreciado pelos críticos e pela 'gente fina' da nossa praça- os filmes ambientados do Faroeste continuam a merecer aceitação junto da generalidade dos públicos de Espanha, de França, de Itália, da Alemanha, do Reino Unido, etc. -Porque será ? Eu não conheço a resposta, mas, considerando o estado de desenvolvimento (económico, social e educacional) desses países, não me parece que isso esteja ligado ao facto dessa gente ser primária e/ou lorpa. A verdade é que os editores de videogramas locais continuam a lançar no mercado da especialidade catadupas de westerns. Com particular abundância de clássicos, de filmes estreados na década de 40 e seguinte, que constituíram a 'Época de Ouro', daquele que foi definido, por um conhecido crítico francês, como sendo «o mais genuíno de todos os géneros do cinema norte-americano». Em Espanha, por exemplo, não é raro topar nas lojas da especialidade (mas não só) com estojos como este que aqui se apresenta e que contém meia dúzia de 'coboiadas' de um actor que se distinguiu na interpretação de personagens westernianas. Como Alan Ladd; que aqui viu reeditadas as cópias de : «A Vida por um Fio» («Whispering Smith»), «A Marca Rubra» («Branded»), «A Grande Ofensiva» («Saskatchewan»), «A Última Ordem» («Drum Beat»), «Homens das Terras Bravas» («The Badlanders») e «Dragões da Violência» («Guns of the Timberland»). Na minha modesta opinião, a escolha não foi criteriosa e, se fosse eu, tinha retirado alguns desses títulos para incluir outros. Onde não faltaria, obviamente, o famoso e universalmente apreciado «Shane», que é um dos melhores westerns alguma vez realizados. E que, qualitativamente, pode emparceirar com obras consagradas como «A Desaparecida», «Duelo ao Sol», «Homem sem Rumo», «Johnny Guitar», «O Sargento Negro», «O Pistoleiro Romântico», «O Homem que Matou Liberty Valance», «O Passado não Perdoa», «Quem Ventos Semeia...», «A Flecha Quebrada» e muitas mais outras maravilhas que sobressaiem num género que muitos dizem ter morrido... Boato no qual nós, obviamente, não acreditamos.
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