quarta-feira, 7 de março de 2018

OS FENÍCIOS ENTRE NÓS


A imagem acima anexada mostra um navio de guerra fenício. Repare-se nos homens armados que ocupam o convés e, sobretudo, no seu esporão (de proa) capaz de esventrar os cascos das embarcações inimigas. A propulsão deste navio -que sulcou o mar Mediterrâneo (mas não só) há milénios- era assegurada por uma grande vela de pendão e pela força dos braços dos remeiros; que eram, geralmente, os mais possantes dos cativos capturados durante as campanhas militares desse povo originário da região a que, nós, agora chamamos Próximo-Oriente. Os Fenícios foram, pela certa, o primeiro povo do Mediterrâneo oriental a chegar ao futuro território português, utilizando a via marítima. Deve-se-lhes a fundação da actual cidade de Cádis (na Andaluzia), que é a mais antiga de toda a península hispânica. E que, segundo afirmam os peritos, terá sido fundada no século VIII a. C.. No Portugal dos nossos dias, os Fenícios instalaram-se predominantemente nos estuários do Guadiana, do Sado, do Tejo e do Mondego. Os principais achados arqueológicos que indiciam a sua presença no nosso país situam-se na costa alentejana, entre Tróia e Odemira, passando por Sines, Alcácer do Sal e Milfontes. Daqui levavam metais e outras matérias-primas e para cá trouxeram produtos manufacturados : armas, jóias, cerâmicas, tecidos, vasilhas, etc. Pensa-se que foram os Fenícios quem por cá introduziu a cultura da vinha, o fabrico do azeite, as técnicas de conservação do peixe em salmoura e muitas outras coisas que levaram ao desenvolvimento da toda a região ibérica.


O navio representado neste selo da Gâmbia é um mercante fenício; que segundo certas teses (não comprovadas historicamente) teria navegado -em viagens de exploração e de comércio- ao longo da costa ocidental de África.

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