Este combate ocorreu durante a Guerra Civil (1828-1834). Opôs, nos Açores, os Liberais (partidários d'el rei D. Pedro IV) aos Absolutistas (apoiantes de seu irmão D. Miguel). O dito teve lugar -em a 3 de Agosto de 1831- nas encostas da Ladeira Velha (ou Ladeira da Velha), uns terrenos junto ao mar, situados na actual freguesia de Porto Formoso, concelho da Ribeira Grande, na ilha de S. Miguel. As forças em presença foram tropas dos Liberais provenientes da ilha Terceira, que desembarcadas no Pesqueiro da Achadinha (concelho de Nordeste) sob o comandado do 7º conde de Vila Flor(*) e homens da guarnição local, fiéis àquele a quem os seus adversários apelidavam, mordazmente, o 'rei caceteiro'. Os Liberais venceram o combate e acabaram por conquistar a ilha para a causa de D. Pedro IV. Do Miradouro de Santa Iria (que já tivemos a sorte de visitar) avista-se o descrito campo de batalha. Ali, o Governo Regional dos Açores mandou colocar (em 2004) um interessante painel de Azulejos com o seguinte texto : «No dia 3 de Agosto de 1831, nos Montes da Ladeira da Velha, localizados a nascente deste Miradouro, Concelho da Ribeira Grande, as tropas fiéis a D. Pedro IV haviam de vencer o exército do rei de tradição absolutista, seu irmão D. Miguel. Foi uma batalha decisiva. Por ela se consolidou a vitória das forças liberais no arquipélago dos Açores, bem como se abriu o caminho que, depois de uma guerra civil cruenta, levaria em Évora Monte, aos 26 de Maio de 1834, à queda do absolutismo e à reposição, em Portugal, da Carta Constitucional». Na imagem : o famoso painel do Miradouro de Santa Iria e a magnífica vista que dali se pode desfrutar.
(*) Em 1831, o 7º conde de Vila Flor era D. António José de Sousa Manuel de Meneses Severim de Noronha (1792-1860), futuro marechal do exército português e futuro 1º duque da Terceira.
Estas foram as bandeiras usadas pelas duas facções da Guerra Civil (1828-1834). A de cima era a dos Liberais. Foi usada até 1910, ano da queda da monarquia portuguesa. A outra é aquela com a qual se identificavam os partidários miguelistas. Que foram banidos da política nacional após a assinatura do Tratado de Évora Monte.
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