-Sabia que, algures nos areais da costa alentejana, entre o istmo de Tróia e a lagoa de Melides, repousam (enterrados) os restos do galeão espanhol «Nuestra Señora del Rosario», que por ali se afundou (na sequência de forte temporal) em 7 de Dezembro de 1589 ? Pois acredite, que é verdade. Como autêntico é esse navio do século XVI transportar, no momento do seu naufrágio, 22,7 toneladas de ouro ! Este acontecimento é atestado por arqueólogos internacionais (nomeadamente portugueses), que, para chegarem a resultados credíveis, se têm socorrido de documentos existentes nos arquivos do país vizinho, que consultaram exaustivamente. O problema para desenterrar esse fabuloso tesouro é, primeiramente, localizá-lo numa área de costa relativamente vasta e, depois, conseguir os meios (técnicos, entre outros) para poder resgatar navio e carga; que poderão, devido ao movimento das marés e dos fundos marinhos, estar sepultados a grande profundidade. Há um projecto (que, provavelmente, não será único) para tentar encontrar o famoso 'galeão do ouro', que é coordenado pelo arqueólogo português Alexandre Monteiro e apoiado pelo Instituto de Arqueologia e Paleontologia da Universidade Nova de Lisboa, pela Câmara Municipal de Grândola e pela Universidade do Algarve; que trabalham sobre o assunto. Mas que, só por milagre (feito, por exemplo, pela patrona do galeão castelhano), obterá resultados a breve ou médio prazo. E é até possível que, na tentativa para encontrar o «Nuestra Señora del Rosario» e o seu fabuloso espólio, as equipas arqueológicas acabem por descobrir o rasto de uma outra velha embarcação. De um dos mais de 15 navios que, naquela costa, se perderam entre 1551 e 1650. O que não seria de todo improvável...
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