quinta-feira, 7 de setembro de 2017

CURIOSIDADES SOBRE O CARGO DE CONDESTÁVEL


Toda a gente sabe que era pelo termo de 'condestável' que, outrora, se designava o chefe dos exércitos do Reino de Portugal. E, também, o de outros países do ocidente europeu. Um título que, na actualidade, deve corresponder ao de Chefe de Estado-Maior do Exército. Só que, naquele tempo, esse chefe militar facilmente se envolvia fisicamente, ele próprio, no calor das batalhas. Espadeirando o inimigo, tal como o fez D. Nuno Álvares Pereira -o mais famoso dos nossos condestáveis- nos Atoleiros, em Valverde ou em Aljubarrota. -Mas, sabiam os visitantes deste blogue de 'Coisas & Loisas', que esse termo só foi introduzido em Portugal no reinado de D. Fernando (no século XIV), quando substituiu -na hierarquia castrense- o posto de alferes-mor ? Pois é verdade. O último condestável de Portugal foi o infante D. Afonso (irmão do rei D. Carlos), que conservou o título até 1910, ano da queda da monarquia e da extinção desse cargo; que, há muito, se tornara puramente honorífico. Segundo os entendidos, a palavra condestável advém dos tempos do Império Romano, quando nas legiões existia o cargo de 'comes stabuli' (que se pode traduzir por 'intendente das cavalariças') e que, muito mais tarde, já na Idade Média, passou a chamar-se estribeiro-mor. A cujo titular cabia  -na ausência do rei- a responsabilidade de organizar, disciplinar e conduzir as tropas nos campos de batalha.

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