Cuidado !!! Por detrás deste sorriso bonito e tranquilizador (fotografia de topo) esconde-se uma mulher a quem se atribui a morte de 500 militares inimigos, dos quais 309 foram oficialmente confirmados- Sendo que 36 dessas suas vítimas eram 'snipers' do exército alemão que, em 1941, invadiu território da União Soviética. Chamava-se Ludmila Pavlichenko (faleceu em 1974), era natural da Ucrânia e, perante a selvajaria do inimigo (que, na sua própria República, cometeu crimes inauditos contra as populações civis), alistou-se no Exército Vermelho. Onde foi formada como atiradora de elite e usou nas suas missões uma arma de precisão Mosin-Nagant de 7,62 mm. Actuou, muito particularmente, nos combates que se desenrolaram durando os cercos de Odessa e de Sebastopol. Ludmila Pavlichenko recebeu as mais altas honrarias militares do seu país, entre as quais se contam uma Estrela de Ouro de Heroína da URSS. A sua fama foi de tal ordem, que esta infalível atiradora (promovida ao posto de major) foi homenageada num selo dos correios. Também viajou no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos da América, onde chegou a ser recebida na Casa Branca pelo presidente e pela primeira dama Leonor Roosevelt. Foi também nesse país -que durante a 2ª Guerra Mundial fora aliado do seu- que o músico Woody Guthrie gravou uma canção (intitulada «Señorita Pavlichenko») em sua honra. Ali também foi presenteada com uma pistola Colt 45 e com uma espingarda Winchester decoradas com motivos personalizados. Imagino o sucesso desta mulher no seu périplo pelos 'states', país onde se idolatram as armas de fogo; que, a verdade seja dita, tão gravosas consequências tiveram (e têm) no quotidiano dos norte-americanos. Esta mulher de armas fez -depois de ter deixado a tropa e conquistado a paz- estudos universitários e licenciou-se em História. Mas morreu prematuramente, com 58 anos de idade.
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