terça-feira, 20 de junho de 2017

LEMBRANDO WALTER BRENNAN

Nos westerns de Hollywood, habituá-mo-nos a vê-lo em papéis de 'old timer' e a apreciar o real talento deste indispensável actor secundário. Que, na sua longa carreira (com mais de 200 filmes e telefilmes), foi premiado com 3 Óscares da Academia de Cinema. Walter Brennan nasceu em 1894 numa pequena cidade de Massachusetts (Lynn). Era descendente de irlandeses, chegou a estudar engenharia e combateu em França durante a 1ª Guerra Mundial.Exerceu várias profissões (foi cultivador de ananases, na Guatemala, e agente imobiliário, na Califórnia, por exemplo), antes de ser contratado como «duplo' (em 1923) por uma produtora cinematográfica de Los Angeles. A partir de então, nunca mais parou de trabalhar na indústria do cinema. Até 1974, ano em que apareceu na sua derradeira película («Smoke in the Wind») e que foi também o derradeiro da sua vida. Tinha 80 anos de idade. Seria fastidioso estar a lembrar todos os êxitos da sua carreira. Recordarei apenas 3 das suas fitas mais emblemáticas; que, para mim, foram as que aqui estão ilustradas : «Rio Bravo» (de Howard Hawks, 1959), na qual ele encarna o papel de Stumpy, um xerife-ajudante velho coxo e rezingão, que ajuda John T. Chance (John Wayne) a defender a prisão de uma cidadezinha da fronteira das investidas dos maus de serviço. Este papel foi, provavelmente, o mais simbólico de toda a sua carreira e talvez aquele que lhe valeu a glória universal. Uma outra película que quero referir é «A Última Fronteira» («The Westerner», de William Wyler, 1940), na qual Brennan contracenou com Gary Cooper. Filme no qual o nosso homenageado deu vida à truculenta personagem do juiz Roy Bean. Também um papel inesquecível. A terceira e última fita escolhida para ilustrar a carreira de Walter Brennan é «Conspiração do Silêncio» («Bad Day at Black Rock», de John Sturges, 1955), um western moderno com trama policial. No qual o nosso artista representa o papel de um médico que se vê comprometido num crime colectivo (e de carácter racista), que um ex-oficial do exército americano vai desvendar. Brennan contracena aqui com uma plêiade de vedetas, tais como Spencer Tracy, Robert Ryan, Lee Marvin, Anne Francis, Ernest Borgnine, etc. Enfim, estes são apenas três exemplos colhidos da filmografia de um actor que nunca atingiu o estrelato, mas sem o qual (ele e outros dos seus pares de segunda linha) o cinema de Hollywood não teria sido o que é.

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