terça-feira, 13 de junho de 2017
ERA UMA VEZ UM SARGENTO NEGRO...
Sou um admirador incondicional de John Ford; que, passados quarenta e tal anos após a sua morte, eu continuo a considerar o maior realizador de cinema de sempre. «A Desaparecida» é aquele filme que -depois de mais de 30 visionamentos- eu apreciaria rever nas horas que precederão o meu passamento. Mas não é essa obra-prima do cinema western e da cinematografia mundial que eu gostaria, aqui e agora, de referir. O filme que tenho em mente é, desta vez, «O SARGENTO NEGRO» («Sergeant Rutledge»), que estreou em 1960 e que evoca as atribulações de um afro-americano, suboficial da cavalaria dos Estados Unidos, que, durante a guerra contra os Apaches, é acusado de três crimes susceptíveis de o conduzirem ao patíbulo : estupro (de uma jovem de raça branca), duplo assassínio e deserção. E que é salvo -depois de um julgamento em tribunal marcial- pelo seu jovem comandante de unidade, um tenente inexperiente nas lides da justiça, mas corajoso e intimamente convencido do valor e da inocência de Braxton Rutledge, o acusado. Esta fita é sem dúvida, a mais humanista de um cineasta, que, certos críticos menos atentos, ousaram tratar de racista.
«O SARGENTO NEGRO» é, sem dúvida, um dos meus westerns preferidos. Pena é que os editores de videogramas nunca tenham pensado nos cinéfilos portugueses, oferecendo-lhes uma cópia DVD de qualidade...
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