segunda-feira, 19 de junho de 2017

CINE-NOSTALGIA (66)

«FÉRIAS EM ROMA» («Roman Holiday») é uma deliciosa comédia datada de 1953, que teve realização de William Wyler. Este filme teve enorme projecção internacional, pelo facto de contar com a presença, nos principais papéis, do já veterano e consagrado actor Gregory Peck e de uma actriz, quase debutante, mas que se afirmaria de imediato perante os cinéfilos do seu tempo : a maravilhosa e competente Audrey Hepburn. Inteiramente rodado nas ruas da Cidade Eterna e nos estúdios da Cinecittà, esta película teve 10 nomeações aos Óscars e acabou por receber 3 desses cobiçados prémios : os atribuídos à melhor actriz principal, ao melhor guarda-roupa e ao melhor argumento original. Refira-se que o autor deste último apareceu no genérico de «FÉRIAS EM ROMA» com o nome de Ian McLellan Hunter, quando, na realidade e sob essa capa, se escondia o genial Dalton Trumbo, um guionista perseguido pelo senador fascista McCarthy e cúmplices na famigerada Caça às Bruxas. Diga-se, ainda, que, só em 1992 -16 anos após a sua morte- é que Trumbo foi reconhecido como sendo o autêntico autor da história inspiradora deste clássico do cinema norte-americano. A produção desta fita (filmada a preto e branco e com uma duração de 118 minutos) deve-se aos estúdios Paramount Pictures, que à volta do par vedeta reuniu outros actores como Eddie Albert, Hartley Power, Harcourt Williams, Margaret Rawllings, etc. A história contada é a de uma jovem princesa (de um país imaginário) em visita a Roma e que, farta do protocolo que lhe é imposto e da vigilância apertada exercida pelos agentes diplomáticos do seu país, decide viver umas horas de liberdade plena na capital de Itália. Para tanto, logra escapar aos seus guarda-costas e perder-se, anonimamente, nas ruas da atraente cidade. Quis o acaso que tivesse sido descoberta por um jornalista (correspondente, na Europa, de um jornal americano), que vai viver com ela um verdadeiro, mas impossível romance de amor. Até que, as coisas sendo o que são, o 'charme' é quebrado e cada um deles regressa ao seu próprio universo; que podem encontrar-se, mas que não se misturam... Bonito a valer !

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