O infortúnio abateu-se, ontem, sobre a Associação Chapecoense de Futebol, um clube do 'brasileirão' sediado no estado de Santa Catarina. Cuja equipa principal ia disputar em Medellín (cidade do interior colombiano), com o Atlético Nacional, um jogo de final da Taça da América do Sul. Aconteceu que, por razões ainda não apuradas, o avião da companhia boliviana em que viajavam -um quadrirreactor Avro RJ85 de construção britânica- se despenhou a escassa distância (30 KM) do aeroporto de destino, vitimando dezenas de passageiros, entre os quais se encontrava a quase totalidade dos atletas brasileiros. Esta repetição trágica dos desastres de Superga, de Munique e outros, veio lembrar-nos que os mais cruéis golpes do destino também se podem abater sobre os 'ídolos' que o povo venera. E é pena; porque, regra quase geral, eles emprestam mais cor e mais beleza ás nossas vidas; que são cada vez mais rotineiras e mais cinzentas. Aqui fica a minha homenagem às vítimas de Cerro Gordo, representantes de um clube de criação recente (foi fundado há 40 anos), que lograra -à força de entusiasmo e de abnegação- alcandorar-se ao nível mais alto do futebol brasileiro e sul-americano. Enquanto entusiasta do chamado Desporto-Rei, aqui deixo as minhas sinceras condolências às famílias enlutadas, ao Chapecoense e seus adeptos e ao futebol do país irmão.
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