Aproxima-se mais um jogo de futebol entre as equipas rivais do Futebol Clube do Porto e do Sport Lisboa e Benfica. Um evento de alto risco para a paz pública, como escrevem os jornais... Segundo um desses órgãos de informação -o «Jornal de Notícias»- foram tomadas (por parte das autoridades e da organização do evento) medidas de «segurança máxima para o clássico» e que , para este jogo no estádio do Dragão, já foram mobilizados «600 homens da PSP e 400 assistentes». Ou seja, mil agentes no total, para tentar que um banal espectáculo desportivo não descambe em batalha campal, com mortos e feridos. É incrível que também se tenha chegado a este ponto no nosso 'País de Brandos Costumes». É (estou convencido disso) por razões dessa natureza, que muita gente -que, como eu, gosta, realmente, de futebol- deixou de ir aos estádios. Por não querer misturar-se com pessoas 'normais', que, no espaço de 2 horas, se transformam em criaturas irracionais, capazes de tudo escavacar e de ir às fuças aos membros das claques adversas. -Essa gente ainda não percebeu que a sua atitude tonta e violenta custa (só em segurança) milhões ao erário público e outro tanto às associações desportivas ? -E que esse dinheiro sai dos bolsos de todos nós, cidadãos contribuintes e adeptos ? -Chiça ! O futebol não é uma guerra ! Ou pelos menos não deveria sê-lo. E o que é extraordinário é que esta violência também já chegou a nossas casas, por via das muitas (demasiadas, a meu ver) emissões televisivas consagradas ao chamado Desporto-Rei; onde alguns 'cavalheiros' trocam insultos e acusações. E que só ainda não chegaram a vias de facto, por terem medo de receber um cartão vermelho definitivo por parte do canal que os recebe e que lhes faz ganhar uns trocos. Enfim, a paixão pelo jogo da bola não pode (em circunstância alguma) transformar pessoas aparentemente equilibradas em perigosos extremistas. Que estragam o espectáculo futebolístico a todos.
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