Produzido pela companhia Columbia Pictures e realizado por Rudolph Maté, o western «HOMENS VIOLENTOS» («The Violent Men») foi um dos melhores filmes do seu género estreados em 1955. Que, diga-se de passagem, foi um ano farto em sucessos. Refira-se, igualmente e por isso merecer ser assinalado, que esta foi a primeira película da Columbia e o primeiro western da História do género a beneficiar do formato CinemaScope. No cartaz de «HOMENS VIOLENTOS» figuram nomes tão respeitados como os de Glenn Ford, Barbara Stanwyck, Edward G. Robinson, Diane Foster, Brian Keith, May Wynn, Basil Ruysdael e Lita Milan. Esta película tem fotografia colorida (TechniColor) e a sua duração é de 96 minutos. Um dos temas do filme (quanto a mim o mais importante) é o da traição conjugal, que -naqueles tempos de uma América tão púdica- era muito pouco comum nas chamadas fitas ditas de cowboys. Esse drama foi aqui protagonizado por Barbara Stanwyck e por Edward G. Robinson, que formam um casal desunido pela deficiência física do segundo; que aqui encarna a figura de um ganancioso rancheiro. Quanto a Barbara, que aqui veste a pele da sua fogosa e cínica esposa, refira-se que tem neste ingrato papel uma das melhores prestações da sua brilhante carreira. Um papel também ele pouco habitual para uma figura de western, um género que, por tradição, foi feito para fazer incidir todas as atenções das plateias sobre a vedeta masculina. Embora haja que reconhecer, que Barbara sempre recusou esse 'diktat' e tenha aparecido como figura principal de alguns bons filmes ambientados no Oeste americano. Marginalmente ao drama em questão, a acção mostra o desenrolar de uma guerra entre ganadeiros, na qual um deles pretende defender os seus interesses perante a desmedida cupidez de um rancheiro; que deseja estender a sua já vasta propriedade à custa dos vizinhos. Apesar de privilegiar (de alguma forma) o lado psicológico das personagens, este filme também nos apresenta -como qualquer western digno do nome- algumas cenas de cavalgadas, de lutas e de tiroteios. A pensar, certamente, naquela franja de público, que se está nas tintas para se preocupar com o estado de espírito dos intervenientes. Filme de excelência, sem dúvida.
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