Num diário lisboeta que folheei na passada semana, soube que os denodados bombeiros portugueses -que arriscam as suas vidas nos suspeitosos incêndios que, ciclicamente, devastam as nossas florestas- recebem 1,88 euros por hora de luta contra os fogos. Simplesmente inacreditável !!! E inaceitável, sobretudo quando se sabe que o Estado já gastou -nessa guerra- 821 milhões de euros desde 2005. Sendo que parte substancial dessa verba é entregue, de bandeja, às empresas que operam aeronaves. Segundo o jornal em questão (o «C.M.»), estes dados emanam do DECIF (Dispositivo Especial de Combate aos Incêndios Florestais) e são inquestionáveis. Se eu tivesse poder neste país, começaria a desconfiar de uma monumental marosca presumivelmente protagonizada por gente que ganha fortunas com a 'indústria do fogo', como lhe chamou, recentemente, um secretário-de-estado. E entregava, uma vez por todas e em regime de exclusividade, a tarefa de extinguir -com aviões e helicópteros- os incêndios florestais à Força Aérea Portuguesa. Como acontece na maioria das nações da bacia mediterrânica, que operam os 'Canadairs' com pilotos militares devidamente formados e treinados para o efeito.
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