Quem não recorda ainda as famosas motorizadas Sachs V5, que foram o sonho da rapaziada do meu tempo de adolescente ? -Eram fabricadas pela SIS (Sociedade Irmãos Simões), de Sangalhos e, na sua época, só tinham, por cá, uma rival no mundo das 'duas rodas' desportivas : a Famel XF-17, que estava equipada com um motor Zundapp. A V5 gozava da fama de rolar a uma velocidade superando os 100 km/h, o que era, talvez, excessivo para a estrutura ligeira do engenho e, também, para a rede viária que então tínhamos. Daí os 'aceleras' esmurrarem frequentemente o focinho, com mais ou menos gravidade. Lembro-me de, nesse tempo -anos 60 do passado século- ter assistido no Barreiro (onde passei toda a minha adolescência) a uma perseguição movida pela G.N.R. (que utilizava um jeep Willys) a um jovem da terra, que, com a sua V5, lhes deu um bigode de todo o tamanho. Presumo que o glorioso fujão tenha tido, 'a posteriori', problemas com aquela instituição militar-policial; que, nos tempos da ditadura não terá perdoado tão acintoso acto de rebeldia. Recordo-me que esse jovem se chamava Romeu e que, se for vivo (o que eu espero), andará aí pelos 73/74 anos de idade. Como o tempo passa...
Quem não recorda ainda as famosas motorizadas Sachs V5, que foram o sonho da rapaziada do meu tempo de adolescente ? -Eram fabricadas pela SIS (Sociedade Irmãos Simões), de Sangalhos e, na sua época, só tinham, por cá, uma rival no mundo das 'duas rodas' desportivas : a Famel XF-17, que estava equipada com um motor Zundapp. A V5 gozava da fama de rolar a uma velocidade superando os 100 km/h, o que era, talvez, excessivo para a estrutura ligeira do engenho e, também, para a rede viária que então tínhamos. Daí os 'aceleras' esmurrarem frequentemente o focinho, com mais ou menos gravidade. Lembro-me de, nesse tempo -anos 60 do passado século- ter assistido no Barreiro (onde passei toda a minha adolescência) a uma perseguição movida pela G.N.R. (que utilizava um jeep Willys) a um jovem da terra, que, com a sua V5, lhes deu um bigode de todo o tamanho. Presumo que o glorioso fujão tenha tido, 'a posteriori', problemas com aquela instituição militar-policial; que, nos tempos da ditadura não terá perdoado tão acintoso acto de rebeldia. Recordo-me que esse jovem se chamava Romeu e que, se for vivo (o que eu espero), andará aí pelos 73/74 anos de idade. Como o tempo passa...
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