quinta-feira, 14 de julho de 2016

DE PUNHO EM RISTE, A CAMINHO DOS MAIS SUCULENTOS TACHOS



"As obras teóricas do grande Estaline são contribuições valiosas. Por elas estudaram e estudam o marxismo-leninismo milhões de operários em todo o Mundo. Com elas o Partido Comunista da China e o Partido do Trabalho da Albânia educaram os seus quadros, com elas formaram milhares de bolcheviques na União Soviética. (...) O camarada Estaline está demasiado vivo nos corações de todos os explorados e oprimidos do mundo inteiro para que oportunista algum o possa fazer esquecer. A vida, a obra, a actividade do grande Estaline pertencem aos Comunistas de todo o mundo e não apenas aos soviéticos, pertencem à classe operária e não apenas ao povo da URSS. Na pátria do Socialismo, a União Soviética, o Socialismo vencerá, uma nova revolução surgirá tarde ou cedo. Os autênticos comunistas soviéticos já se organizaram e, juntamente com a classe operária e o povo da URSS, erguerão bem alto a bandeira vermelha de Estaline, instaurando de novo o poder proletário. Força alguma o poderá evitar. QUE VIVA ESTALINE!".

Esta exaltada prosa foi assinada pelo 'camarada Abel' (pseudónimo de um certo José Manuel Durão Barroso), no jornal "Luta Popular", publicado no mês de Setembro de 1975.


Depois de uma fulgurante e ruidosa carreira no MRPP-PCTP (Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado-Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses), onde chegou a ser líder da FEM-L (Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas) e indefectível companheiro de Arnaldo Matos, o 'Grande Educador do Povo', esta criatura está agora com um pé no Goldman & Sachs, um dos bancos com maiores responsabilidades na crise financeira de 2007 e na ruína de várias nações europeias. O oportunismo que a caracteriza e os tachos políticos e no mundo dos negócios que foi acumulando, fizeram dela (da criatura) um homem rico, um milionário. E, de tanto se ter enchido, tememos que o inchaço do alcunhado 'Fujão' tenha batraquiais consequências. Sabem, estou-me a referir à rã que queria ser tão grande como um bovino... e que acabou estoirando. Enfim, vem todo este palavreado a calhar, para definir aqueles políticos sem escrúpulos que temos tido e que, pela sua falta de ética e de pudor, têm engordado à custa do desenvolvimento e do bem-estar deste povo de ceguinhos. Salvo seja ! A ilustração de topo mostra o antigo ídolo -depois substituído pelo bezerro de ouro- do 'nosso' antigo primeiro-ministro e ex-presidente da Comissão Europeia.

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