No nosso calendário -onde há lugar para tudo- assinala-se, hoje, o Dia Mundial das Tapas. Que não é, como geralmente se pretende, uma criação ou uma exclusividade dos nossos vizinhos espanhóis. Pois em Portugal, sempre se comeram petiscos, palavra que traduz o conceito e a tradição de se degustar uns acepipes fora das horas normais das refeições. Como, por exemplo, uns passarinhos fritos, uns pratinhos de lamujinhas, umas azeitonas, um queijito, uns camarões, uma talhada de melão, uns bocaditos de presunto e/ou umas rodelas de chouriço, uns caracóis, uns chocos fritos, uns pastéis de bacalhau, umas sardinhas de conserva, uns torresmos e tudo o mais que nos caía nas mãos para fazer cama a umas boas copaneiras. Isto acontecia, não vai assim tanto tempo, nas tascas da baixa lisboeta, mas também nas de outras localidades de todo o país. É verdade que aqui ao lado, em terras de Espanha, onde se sai mais facilmente à noite, se transformou esse hábito comum numa quase religião, num atitude mais perene, mais corriqueira. E eu tenho a ocasião de verificar isso cada vez que transponho a fronteira entre os dois países ibéricos (que se situa a escassas dezenas de quilómetros de minha casa) e de entrar num café ou em qualquer outro estabelecimento de comes e bebes. Enfim, basta de palavreado e celebremos o Dia das Tapas. Nem que seja através de um olhar deleitoso sobre algumas delas. E brindemos com 'nuestros hermanos' : «Salud y pesetas y lo demás son p...».
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