Os «Painéis de São Vicente», da autoria de Nuno Gonçalves, é uma das obras pictóricas mais emblemáticas da arte portuguesa e europeia do século XV. Executados a óleo sobre madeira de carvalho -por volta de 1470- os painéis são constituídos por seis pinturas representando 58 personagens reunidas em torno da dupla figuração de São Vicente; formando como que um retrato colectivo da 'família portuguesa' de todos os estados e condições sociais : nobreza, clero e povo da época. A muitas delas já foi atribuída uma identidade, nomeadamente aos príncipes da Ínclita Geração. Nuno Gonçalves era pintor régio de D. Afonso V e estas tábuas fariam parte, ao que se pensa, do retábulo de São Vicente, outrora existente na capela-mor da Sé de Lisboa. Em finais do século XIX, estavam na igreja de São Vicente de Fora, de onde foram retiradas e restauradas. Hoje, os famosos painéis são uma das joias expostas pelo Museu Nacional de Arte Antiga, quiçá a tela mais valiosa das suas riquíssimas colecções. Uma tese decorrente de estudos e investigações recentes, pretende que esta tela foi pintada em 1445 e que, na verdade, representa o funeral simbólico do infante D. Fernando, príncipe martirizado pelos mouros em Fez. Mas nessa discussão de peritos não meteremos nós -está bem de ver e por óbvias razões- o bedelho. (Clicar na imagem com o rato, para a ampliar).
sexta-feira, 18 de março de 2016
OBRAS-PRIMAS DA ARTE MUNDIAL : OS «PAINÉIS DE SÃO VICENTE»
Os «Painéis de São Vicente», da autoria de Nuno Gonçalves, é uma das obras pictóricas mais emblemáticas da arte portuguesa e europeia do século XV. Executados a óleo sobre madeira de carvalho -por volta de 1470- os painéis são constituídos por seis pinturas representando 58 personagens reunidas em torno da dupla figuração de São Vicente; formando como que um retrato colectivo da 'família portuguesa' de todos os estados e condições sociais : nobreza, clero e povo da época. A muitas delas já foi atribuída uma identidade, nomeadamente aos príncipes da Ínclita Geração. Nuno Gonçalves era pintor régio de D. Afonso V e estas tábuas fariam parte, ao que se pensa, do retábulo de São Vicente, outrora existente na capela-mor da Sé de Lisboa. Em finais do século XIX, estavam na igreja de São Vicente de Fora, de onde foram retiradas e restauradas. Hoje, os famosos painéis são uma das joias expostas pelo Museu Nacional de Arte Antiga, quiçá a tela mais valiosa das suas riquíssimas colecções. Uma tese decorrente de estudos e investigações recentes, pretende que esta tela foi pintada em 1445 e que, na verdade, representa o funeral simbólico do infante D. Fernando, príncipe martirizado pelos mouros em Fez. Mas nessa discussão de peritos não meteremos nós -está bem de ver e por óbvias razões- o bedelho. (Clicar na imagem com o rato, para a ampliar).
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