Este é o porta-aviões «George Washington», da poderosa armada dos Estados Unidos da América. Que é operacional desde 2014 e constitui, por si só, a base móvel de um formidável contingente aéreo. Na pista veem-se vários dos seus aparelhos, nomeadamente e em maior número, aviões de combate F-18. Um navio como estes é, também, uma verdadeira cidade flutuante, com uma guarnição de vários milhares de homens (e de mulheres); que são em maior número do que a população de algumas cidades portuguesas. Felizmente, este navio de grande porte (88 000 toneladas de deslocamento e 333 metros de comprimento) e os seus congéneres, têm tido um papel mais dissuasivo do que activo. Mas quando são mobilizados e entram em guerra, os resultados são devastadores. Assim como devastadora é a sua manutenção e o seu serviço operacional; que custam rios de dinheiro aos 'states' (biliões de dólares anualmente) e ao povo norte-americano. Que, sem estes mastodontes, poderia erradicar a pobreza no país e lançar um programa de saúde pública exemplar. Mas não se julgue que este estado de coisas é uma realidade exclusiva dos E.U.A.; muitas nações europeias (mas não só) seguem esta política ultra-militarista, que penaliza o desenvolvimento do estado social. E, até por vezes, sem as razões que possa evocar a mais forte e influente nação do planeta Terra.
O jogo do gato e do rato é um jogo de vida e de morte entre a astúcia do pequeno e nocivo roedor e a paciência e a agilidade -no momento crucial- do felino doméstico. Um jogo como, circunstancialmente, pode acontecer na vida dos humanos...
Quando evocamos o Benfica dos anos áureos -durante os quais o glorioso clube lisboeta conquistou dois títulos de campeão europeu- recordamos, quase sempre e em exclusivo, os seus extraordinários avançados. O Eusébio, o José Augusto, o Coluna, o Simões, o Cavém, o Torres, etc.. Raramente nos acodem à memória os nomes de gente como esta : Germano e Mário João. Que, na rectaguarda, com os outros seus colegas da defesa, faziam face às investidas de temíveis goleadores, neutralizando os seus ataques e protegendo a baliza de Costa Pereira. É injusto !
Este colorido cartaz de propaganda chinês data, creio eu, dos anos 50 do século passado e mostra Mao Tsé Tung -o Grande Timoneiro- rodeado de sorridentes criancinhas, que o acarinham e lhe entregam ramos de flores. Esta imagem (não só de Mao, mas de todos os grandes líderes políticos da época) era recorrente naquele tempo. Porque a presença inocente das crianças sempre valorizou (humanizando-a) a imagem dos senhores do mundo.
Curiosamente, pode ver-se uma certa similitude -quanto às origens- entre a Guerra das Duas Rosas, que ocorreu em Inglaterra na segunda metade do século XV, e a conquista pelos Portugueses das praças muçulmanas do norte de África; que se iniciou com a tomada de Ceuta em 21 de Agosto de 1415. Esses conflitos resultaram do facto -para os lusos- de terem findado as guerras com Castela, depois de uma série de vitórias portuguesas que culminaram em Aljubarrota e de não se saber muito bem o que fazer com os irrequietos combatentes desse conflito, nomeadamente com os membros da fidalguia. Foi assim, com as aventuras ultramarinas, que D. João I e seus sucessores encontraram um escape para tanta fogosidade, para tanto sangue na guelra. Só que quem pagou as favas dessa política foi um inimigo estrangeiro... A Guerra das Duas Rosas foi um conflito interno, uma guerra civil entre duas facções, ambas com aspirações à sucessão no trono de Inglaterra. Mas que talvez nunca tivesse acontecido, se as casas de Lencastre e de York não contassem com tantos partidários armados e... desocupados. A Inglaterra saíra há pouco tempo, com efeito, de um longo conflito com a França (Guerra dos Cem Anos), que acabara, definitivamente, com as suas veleidades territoriais no continente. E toda aquela gente (armada e habituada a afirmar-se pela violência) se envolveu num conflito de interesses ligado às ambições de dois líderes decididos em sentar o traseiro no trono de Inglaterra. A sangrenta Guerra das Duas Rosas começou em 1455 e durou 30 longos anos; só terminando em 1485, com a morte do último dos Plantagenetas, Ricardo III. E com a subida ao trono de Henrique VII (um Lencastre), que por casamento com uma York, reuniu as duas famílias desavindas e que, por mútuo acordo, fundou uma nova dinastia : a dos Tudores. A guerra em questão chamou-se assim, porque os Lencastre tinham uma rosa vermelha no seu brasão de armas e os seus rivais, os York, usavam nos seus escudos a mesma flor, mas branca.
2015 foi um ano fasto para os vinhos do Alentejo. As suas vendas aumentaram de 15% em relação ao ano anterior e o valor negociado atingiu o recorde de 120 milhões de euros. Nesse ano, os vinhos transtaganos passaram a representar 51% dos néctares preferidos dos portugueses, o que é obra ! É evidente que nada disto aconteceria, se os vinhos da nossa região não tivessem a qualidade que lhes é reconhecida, se não houvesse uma larga escolha de castas e se os seus preços não fossem dos mais convidativos...
Uns mexilhões à moda de Vigo, um polvo à galega, dois copos de albariño e uma fatia de tarte de amêndoa de Santiago. Tudo isto constitui um óptimo almoço e é um bom pretexto para matar saudades da Galiza; e lembrar que essa nobre região do noroeste peninsular é uma terra onde a gastronomia tem tradições de excelência. Ah ! E já agora, para selar a amizade luso-galaica, acompanhe-se a deliciosa tarte de Santiago com um cálice de vinho do Porto. Que não destoaria nesse final de refeição.
O meu amigo (e antigo companheiro de escola e de trabalho) Lénine Rodrigues expôs na sua terra natal -o Barreiro- entre os dias 9 de Janeiro e 29 de Fevereiro do ano decorrente. Tratou-se, desta vez, de uma bonita e didáctica exposição de aguarelas subordinada ao tema «Embarcações Tradicionais do Tejo». Tenho pena de não ter tido conhecimento atempado do evento... Para aqui o promover e para eu próprio (que estive no Barreiro no passado mês) ter podido usufruir da sua arte.
Esta é a imagem que reflecte -cada vez mais- a posição dos europeus em relação aos refugiados. Sejam eles originários de África ou do Próximo-Oriente. E a onda de atentados terroristas, que tem avassalado algumas cidades do nosso continente, muito tem contribuído para fortalecer desconfianças. Infelizmente ! Pergunta-se : como sair deste beco aparentemente sem saída ?
A benitoíte é um mineral (geralmente de cor azul), que, lapidado, pode dar origem às belas pedras de joalharia aqui apresentadas. A benitoíte é, curiosamente, mais rara do que o diamante; que, no entanto, tem um valor comercial infinitamente superior. O nome da benitoíte deriva do facto de ter sido encontrado, pela primeira vez (no início do século XX), no condado de San Benito, na Califórnia. A sua existência está aliás limitada a áreas restritas dessa região e do Japão. Uma das particularidades deste mineral é a da sua fluorescência, quando submetido à acção de radiações ultravioletas.
Aconteceu este fim-de-semana : Palmira e os seus sítios arqueológicos -que são Património Mundial da UNESCO desde 1980- foram reconquistados por tropas do exército sírio com o apoio da aviação russa. Perante este acontecimento, o Secretário-Geral da O.N.U. já manifestou o seu contentamento. Que implicou uma grande vitória sobre a barbárie do Daesh. Eu também deixo aqui expresso o meu agrado. Só espero é que a nova situação seja definitiva e que abra as portas ao regresso de dezenas de milhar de refugiados àquela martirizada região da Síria. E que essa gente ali possa recomeçar uma nova vida. Uma coisa é certa : trabalho não vai faltar para reconstruir a cidade e para recuperar parte do património que foi devastado pelo vandalismo cego e brutal dos radicais, que ali destruíram e pilharam um património insubstituível.
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Esta caixa com cópias de 12 filmes de Tarzan -com Johnny Weissmuller- é vendida em França por menos de 30 euros. Exemplo a seguir pelos nossos editores de DVD's; que, actualmente e por esse preço, nos impingiriam, pela certa, apenas 1/4 das fitas propostas pelos comerciantes gauleses da especialidade. Portugal está a tornar-se um país onde os bens culturais (livros, videogramas, cd's, entradas de cinema e de teatro, etc) são cada vez mais inacessíveis às pessoas comuns. Daí sermos um povo que, nessa matéria, está mais decadente e pobretana. Que sina a nossa !...
Faleceu, ontem, com 68 anos de idade, um dos mais geniais jogadores de futebol de sempre : o neerlandês Johan Cruyff. Aquele a quem o jornal desportivo espanhol «Marca» se refere, merecidamente, como o «génio que reinventou o futebol». Jogador lendário do Ajax e da selecção do seu país (que ele ajudou a transformar na famosa e vencedora 'Laranja Mecânica'), Cruyff esteve, anos mais tarde -como jogador e depois como treinador- em Barcelona, onde criou as bases e o sistema de jogo do F.C.B. ; que continua, muitos anos depois da sua passagem, a privilegiar o futebol vistoso e eficaz que tem a marca do 'Holandês Voador'. O mundo do futebol perdeu um dos seus mais extraordinários actores e autores. Ficará para sempre a sua recordação.
Antonio Berni -o grande pintor argentino, há muito radicado no Rio de Janeiro, onde é professor universitário- consagrou algumas das suas preciosas telas ao futebol. Não ao futebol das estrelas, mas, isso sim, ao futebol dos rapazes de bairro. Aqui ficam dois desses extraordinários trabalhos de um artista ainda pouco conhecido na Europa. À excepção da Europa do meio artístico, está bem de ver, que já merecidamente o consagrou.
A propósito dos recentes atentados de Bruxelas, a SIC (penso que outros canais da nossa TV o terão feito) enviou para o aeroporto de Lisboa um dos seus jornalistas, para importunar os passageiros em vias de embarcar nos voos com partida da Portela. Fazendo-lhes, entre outras perguntas idiotas, a seguinte : neste contexto terrorista, não têm medo de tomar o avião ? -Francamente ! Não sei como classificar esta evidente falta de respeito dos profissionais da informação; que, quanto a mim e nas presentes circunstâncias, poderiam ter um papel mais útil do que o de alarmistas. Isto não é informação, é parvoíce pura e dura. Por favor, tenham um mínimo de pudor e de juízo ! Vão ver que não custa nada.
Este militar -que aqui exibe inúmeras condecorações, entre as quais 4 estrelas de ouro de Herói da União Soviética- é o marechal Gueorgui Jukov, uma das grandes chefes do Exército Vermelho. Foi ele que, com poderosas forças bélicas, investiu Berlim em 1945 e forçou Adolfo Hitler e muitos dos seus sinistros apaniguados ao suicídio. É bom (e é justo) que, num tempo em que se faz livremente propaganda ao agora reeditado livro «Mein Kampf», se lembre que a derrota do monstro nazi que o escreveu, se ficou a dever a homens como Jukov e aos muitos milhares de combatentes anónimos (soviéticos, norte-americanos, britânicos e de muitas outras nacionalidades) que consentiram sacrifícios dolorosos (incluindo o da própria vida) para que a paz voltasse à Europa.
Projectada nos anos 30 do passado século, a 'Ruta 40', na Argentina, é uma estrada que se prolonga por mais de 5 000 km, entre o cabo Vírgenes (situado na embocadura oriental do estreito de Magalhães) e a localidade de La Quiaca (nas proximidades da fronteira boliviana). Tem troços que se situam praticamente ao nível do mar e outros que culminam a cerca de 5 000 m de altitude. Atravessa 18 rios de grande caudal e o território de 20 reservas e parques naturais. Nestas últimas décadas tem ressaltado o seu valor turístico-desafiante, já que -todos os anos- é percorrida (na sua totalidade ou em parte) por inúmeros adeptos dos percursos de aventura. Por pessoas que vêm do mundo inteiro para se medirem com as dificuldades do trajecto, mas, também, para lhes desvendarem os encantos. O seu piso é de qualidade diversa, podendo ter o aspecto de uma estrada moderna ou o de uma trilha de cascalho e terra solta; o que acrescenta ainda mais ao seu charme. É, pelo menos, o que dizem da 'Ruta 40' aqueles que já a percorrem a pé, de bicicleta, de moto, de automóvel ou servidos por outro qualquer meio de locomoção. Esta via (que alguns dizem mágica) tem, na Argentina, o prestígio que já teve nos 'states' a famosa estrada 66; da qual já só subsistem alguns troços...
