domingo, 7 de fevereiro de 2016
CINE-NOSTALGIA (42)
«O CORREDOR DO SILÊNCIO» («Shock Corridor») é, provavelmente, o melhor de todos os filmes de Samuel Fuller, que o realizou em 1963. Mas é também a mais polémica das suas obras. Fustigada pela crítica norte-americana, que a acusou de ser falsa e sensacionalista, esta película obteve um enorme sucesso fora dos Estados Unidos, nomeadamente na Europa. Onde os cinéfilos reconheceram a Fuller, graças a este seu trabalho, o estatuto de cineasta maior. Parábola arrebatada sobre o jornalismo arrivista e, simultaneamente, sobre a realidade cruel dos asilos psiquiátricos dos 'states', «O CORREDOR DO SILÊNCIO» é um filme violento, duríssimo, sobre os excessos de uma sociedade onde o melhor ombreia e convive, promiscuamente, com o péssimo. A história contada neste filme é a de um jornalista brilhante, mas ambicioso e pouco escrupoloso, que corre atrás do cobiçado prémio Pulitzer; recompensa que, no seu entender, viria coroar a sua carreira profissional e lhe daria o estatuto de 'star' no mundo da imprensa. Para se habilitar a essa honraria, o jornalista vai simular demência e deixar-se internar, voluntariamente, num hospital para alienados. Onde ele deseja fazer uma série de
reportagens sobre um crime que ali terá ocorrido. Mas, apanhado pela engrenagem que ele próprio montara, o jornalista acaba por viver uma alucinante aventura que o conduz até aos limites do suportável... Impressionante ! O guião foi escrito pelo próprio Fuller e a distribuição desta fita esteve a cargo da Allied Artists. A interpretação dos principais papéis foi confiada a Peter Breck, Constance Towers, Gene Evans e James Best. «O CORREDOR DO SILÊNCIO» foi filmado a preto e branco e tem uma duração de 101 minutos. O DVD com cópia deste filme é difícil de encontrar no comércio da especialidade Facto que penaliza os admiradores de Samuel Fuller e os cinéfilos em geral.
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