Filho de ricos armadores normandos, Abraham Duquesne (1610-1688) comandou navios desde a idade de 18 anos. O rei de França Luís XV, reconhecendo as suas qualidades de marinheiro e de chefe, fez dele tenente-general das suas esquadras e só não lhe ofereceu o posto de almirante, pelo facto de Duquesne nunca ter aceitado abjurar da sua fé protestante. Mas fez dele um barão, em agradecimento pelas muitas vitórias navais que ele alcançou contra os inimigos da França. Duquesne -um dos mais ilustres marinheiros franceses do século XVII- era natural de Dieppe, alfobre de notáveis navegadores(*) e cidade que o honrou, levantando-lhe uma estátua.
(*) No século XVI, os navegadores de Dieppe ousaram desafiar o poderio do Reino de Portugal, navegando para o golfo da Guiné, para o Oriente e para o Brasil. E Giovanni da Verrazano, um marinheiro toscano ao serviço de Jean Ango -o mais rico armador de Dieppe- descobriu em 1524 o sítio onde hoje se ergue a cidade de Nova Iorque, depois de ter zarpado de Dieppe, no ano precedente, a bordo da nau «Dauphine».
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