domingo, 31 de janeiro de 2016
COMO DIZ O OUTRO, CUIDADO COM A LÍNGUA !
Vejo muito cinema. Sobretudo na televisão e no vídeo. Porque as salas obscuras desapareceram praticamente da minha região e uma ida aos cinemas mais próximos implicam viagens longas, de várias dezenas de quilómetros a percorrer entre a minha aldeia da charneca alentejana e as cidades e vilas mais próximas, onde ainda não se disse adeus, de forma definitiva, a esse espectáculo, outrora tão popular. E, na legendagem dos filmes que vou vendo, apercebo-me de lacunas de tradução verdadeiramente irritantes. Já por várias vezes li (nas ditas legendagens) a palavra Burma para designar certo país da Ásia, quando, na realidade, essa é a forma inglesa para referir a Birmânia. Que, agora, até já se chama Myanmar. Outra asneirola das grossas e cada vez mais recorrente, é chamar Bavária (que horror !) à Baviera. Mas, afinal, quando é que os senhores tradutores se mentalizam que estão a trabalhar para um público alargado e, por vezes, minimamente culto, que não está disposto a aceitar bacoradas semelhantes ? -Por favor, sejam suficientemente inteligentes para fazerem perguntas (nomeadamente aos livros) quando tiverem dúvidas !
FÁBRICAS DE SONHOS : ALLIED ARTISTS
Sucessora da Monogram Pictures Corporaton, a companhia Allied Artists produziu e distribuiu largas centenas de filmes. Mais de 400, geralmente de orçamento modesto. O que não é sinónimo de falta de qualidade. Especializada em temas tão populares quanto o foram os géneros fantástico/ficção científica, a aventura exótica e o western (mas não só), ficámos a dever a esta produtora de Hollywood, películas tão interessantes como ««A Terra em Perigo» («Invasion of the Body Snatchers», 1956), «O Vingador» («Shotgun», 1955), «Sublime Tentação» («Friendly Persuasion», 1956), «Billy Budd» (m.t., 1962) ou «Corredor do Silêncio» («Shock Corridor», 1963). A saudosa Allied Artists desapareceu na voragem das transformações que nestas últimas décadas abalaram a 'Meca do Cinema. Com grande pena dos velhos cinéfilos como o escrevinhador de serviço...
sábado, 30 de janeiro de 2016
ESTÁ A CHEGAR O MAIOR E MAIS PODEROSO VASO DE GUERRA DA 'ROYAL NAVY'
O porta-aviões «Queen Elizabeth» será -quando estiver em serviço operacional- o maior e mais poderoso vaso de guerra jamais utilizado pela Armada Real Britânica. Para termos uma ideia das suas excepcionais dimensões, basta-nos observar (com a devida atenção) esta foto aérea (em cima) das docas secas do estaleiro de Rosyth (no Firth of Forth, Escócia), onde este gigantesco navio (ao tempo ainda em construção) se encontrava ao lado do seu congénere «Illustrious», um porta-aviões da classe 'Invincible'. A diferença de tamanhos é, simplesmente, colossal ! O «Queen Elizabeth» -que, segundo previsões do Almirantado britânico, entrará em serviço ainda este ano- é um navio com umas 70 000 toneladas de deslocamento e com as seguintes dimensões :
Comprimento - 280 metros
Boca - 70 metros
Calada - 9/11 metros
Propulsão - turbinas a gás, desenvolvendo uma potência global de 48 mil cv
Velocidade máxima - 28 nós
Raio de acção - 10 000 milhas náuticas
Guarnição - 1500/1 600
Aeronaves - 40 (essencialmente aviões de combate Lockheed F-358 e hélis EH-101 'Marlin').
Um navio gémeo do «QE», o «Prince of Wales» está em curso de acabamentos, prevendo-se a sua entrada no serviço activo em 2018. Preço destas duas novas unidades da 'Royal Navy' : 5 biliões de euros. Uma verdadeira loucura ! Segundo a minha opinião, está bem de ver...
Coisa curiosa : o «Queen Elizabeth» é o primeiro porta-aviões da História a ser dotado com duas torres de comando e de controlo de operações.
Comprimento - 280 metros
Boca - 70 metros
Calada - 9/11 metros
Propulsão - turbinas a gás, desenvolvendo uma potência global de 48 mil cv
Velocidade máxima - 28 nós
Raio de acção - 10 000 milhas náuticas
Guarnição - 1500/1 600
Aeronaves - 40 (essencialmente aviões de combate Lockheed F-358 e hélis EH-101 'Marlin').
Um navio gémeo do «QE», o «Prince of Wales» está em curso de acabamentos, prevendo-se a sua entrada no serviço activo em 2018. Preço destas duas novas unidades da 'Royal Navy' : 5 biliões de euros. Uma verdadeira loucura ! Segundo a minha opinião, está bem de ver...
Coisa curiosa : o «Queen Elizabeth» é o primeiro porta-aviões da História a ser dotado com duas torres de comando e de controlo de operações.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2016
O CARNAVAL ESTÁ CHEGANDO
O carnaval está a chegar. A esse propósito, quero reproduzir aqui um curto e curioso texto sobre o que desses dias de folia (nem sempre pacífica) pensava D. Hélder Câmara, bispo de Recife e Olinda. Um homem, um sacerdote que viveu sempre muito perto do povo e que sofreu com a miséria e com as injustiças que lhe eram impostas por parte de políticos insensíveis à sua sorte, por políticos coniventes com as gritantes desigualdades sociais vividas no Brasil do seu tempo. E que, infelizmente, ainda perduram...
LONJURAS...
O sítio de Alabama Hills (na foto) situa-se no condado de Inyo, no leste do estado da Califórnia. Passei por lá em 1999, aquando de uma inesquecível viagem pelo Oeste americano. Esta zona é famosa pelo facto de ali terem sido rodados inúmeros filmes, com actores e equipas técnicas vindas de Hollywood; que se encontra a 3 horas de automóvel deste lugar de uma selvagem e impressionante beleza. Aqui foram rodados, entre outros, os melhores westerns de Budd Boetticher. Como, por exemplo, «Emboscada Fatal» («Comanche Station»), que estreou em 1960. E que é (apesar de ser uma fita de série B, de fraco orçamento) um dos grandes clássicos do cinema do género.
AFGHANITE
É um mineral que se encontra na natureza em múltiplos tons de azul. Raro e cobiçado, foi visto, pela primeira vez, em 1968, numa mina de lápis-lazúli de Sar-e-Sang, no norte do Afeganistão. Posteriormente foi encontrado no Canadá (Terra Nova), na Rússia (Sibéria) e noutras regiões do mundo. Sempre em quantidades ínfimas, daí a sua carestia para grande desespero dos colecionadores de gemas.
SALADAS NO INVERNO ?
Apetecível, mesmo no Inverno. Salada composta por folhas de alface, tomate, abacate e gambas (ligeiramente) fritas. Temperar a gosto, recorrendo, entre outras coisas, a ervas aromáticas. Muito saudável...
FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA (59)
Os Jogos Olímpicos de 1928 -disputados em Amesterdão por desportistas de 46 nações- foram, com certeza, memoráveis. Nem que seja só pelo facto de terem sido os primeiros que contaram com participação feminina. E no que a nós, Portugueses, diz respeito, refira-se que foi o ano de estreia da nossa selecção de futebol nessa competição de carácter universal. Para a metrópole neerlandesa seguiu, pois, a elite lusitana do pontapé na bola, que chegou a Amesterdão, fatigada por uma viagem de comboio de quase 40 horas ! O que não impediu os rapazes da formação das quinas de, no primeiro jogo que disputaram contra a sua homóloga chilena, ganharem por uns expressivos 4-2. Dias depois, já nos oitavos de final, os Portugueses levaram de vencida a seleccão da Jugoslávia por 2-1. Mas, nos quartos, talvez demasiado confiantes, inclinaram-se, contrariando todos os prognósticos, contra a modesta representação do Egipto (1-2) e foram eliminados da prova; que prosseguiu até dia 13 de Junho e se saldou pela vitória (por 2-1) do Uruguai contra a Itália numa rude finalíssima. A fotografia anexada mostra a selecção nacional de 1928, que era constituída pelos seguintes atletas : de pé e da esquerda para a direita - Roquete, Armando Martins, José Martins, Vítor Silva, Jorge Vieira, Carlos Alves e Tamanqueiro. Agachados e pela mesma ordem - César de Matos, Augusto Silva, Pepe e Valdemar Mota.
segunda-feira, 25 de janeiro de 2016
A QUEDA DO 'SALAZAR', EM 1935
Em 1935, o governo de Portugal adquiriu, em Inglaterra, um dos mais velozes aviões desportivos do seu tempo; para o lançar numa operação de propaganda, que devolvesse ao nosso país e à ditadura vigente algum prestígio internacional. O aparelho em causa, um De Havilland DH.88 'Comet', que havia participado no ano precedente, na famosa England-Australia Race (corrida aérea disputada entre Londres e Melburne, foi, pois, preparado para que dois dos nossos mais famosos aviadores, Carlos Bleck (civil) e Costa Macedo (militar), pudessem bater um recorde de velocidade na travessia do Atlântico, entre Lisboa e o Rio de Janeiro. Ao avião em causa (outrora chamado 'Black Magic'), foi dado o novo nome de 'Salazar', para que, sobre o ditador, também recaíssem os louros colhidos pela façanha a cometer. Apesar de adquirido com dinheiros do Estado e de ter sido integrado nos efectivos da Aeronáutica Militar, o aparelho recebeu uma matrícula civil (CS-AAJ) e uma marca identificadora (uma simples Cruz de Cristo) algo diferente da insígnia oficial da aviação de guerra portuguesa. A partida para o raide transatlântico foi marcada para dia 13 de Março de 1935, no aeródromo da Granja do Marquês. O sinal de partida foi dado de manhã cedo, e, à hora marcada, o DH-88 'Salazar' lançou-se voluntariosamente na corrida que precede o voo. Depois de ter rolado algumas dezenas de metros, o avião foi traído por um problema no trem de aterragem, que quebrou. Os hélices bateram violentamente no solo e torceram-se. E a aventura ficou-se por ali, ingloriamente, por terras de Sintra. Os pilotos (ambos com pergaminhos na aviação lusa e naturalmente decepcionados) renunciaram ao projecto. A História não o refere, mas é fácil presumir que o então «dono disto tudo» também tenha ficado desapontado. Afinal, lá se fora o momento de glória internacional que ele esperava, para disfarçar a impopularidade crescente do Estado Novo...
O De Havilland DH.88 'Comet' era um monoplano bilugar (em tandem) de asa baixa. A sua estrutura compreendia peças de revestimento em contraplacado. Técnica que, ao que se sabe, foi, mais tarde, utilizada na realização do temível 'Mosquito', o mais rápido de todos os bombardeiros ligeiros da 2ª Guerra Mundial. O DH.88 estava equipado com 2 motores DH Gipsy Queen Six (com uma potência unitária de 260 hp), acionando hélices metálicas de 2 pás de passo fixo. Eis aqui as suas outras características :
Envergadura - 13,41 m
Comprimento - 8,84 m
Altura - 3,05 m
Superfície alar - 19,69 m
Peso máximo à descolagem - 2 413 kg
Velocidade máxima - 381 km/h
Velocidade de cruzeiro - 354 km/h
Tecto operacional - 5 790 m
Raio de acção - 4 707 km
Tripulação - 2
Curiosidade : depois do raide falhado de 1935, e não lhe encontrando aplicação militar, as autoridades remeteram o 'Salazar' para um hangar, onde, durante muitos anos, esteve esquecido. Parece que foi redescoberto em 1979 e cedido a uma associação britânica de gente apaixonada pela aeronáutica, que o levou para Derby (GB), onde é tentada a sua recuperação. Ignoro se o restauro do aparelho em questão foi levado a cabo.
A maquete acima, representa o avião em causa, na época em que este DH.88 participou na já referida corrida Londres-Melburne. E que ele, também devido a avaria, nunca chegou a terminar.
O De Havilland DH.88 'Comet' era um monoplano bilugar (em tandem) de asa baixa. A sua estrutura compreendia peças de revestimento em contraplacado. Técnica que, ao que se sabe, foi, mais tarde, utilizada na realização do temível 'Mosquito', o mais rápido de todos os bombardeiros ligeiros da 2ª Guerra Mundial. O DH.88 estava equipado com 2 motores DH Gipsy Queen Six (com uma potência unitária de 260 hp), acionando hélices metálicas de 2 pás de passo fixo. Eis aqui as suas outras características :
Envergadura - 13,41 m
Comprimento - 8,84 m
Altura - 3,05 m
Superfície alar - 19,69 m
Peso máximo à descolagem - 2 413 kg
Velocidade máxima - 381 km/h
Velocidade de cruzeiro - 354 km/h
Tecto operacional - 5 790 m
Raio de acção - 4 707 km
Tripulação - 2
Curiosidade : depois do raide falhado de 1935, e não lhe encontrando aplicação militar, as autoridades remeteram o 'Salazar' para um hangar, onde, durante muitos anos, esteve esquecido. Parece que foi redescoberto em 1979 e cedido a uma associação britânica de gente apaixonada pela aeronáutica, que o levou para Derby (GB), onde é tentada a sua recuperação. Ignoro se o restauro do aparelho em questão foi levado a cabo.
A maquete acima, representa o avião em causa, na época em que este DH.88 participou na já referida corrida Londres-Melburne. E que ele, também devido a avaria, nunca chegou a terminar.
COISAS CURIOSAS DO PASSADO
.......
Quando eu era miúdo (andaria aí pelos meus 13/14 anos) assisti, algo atónito e maravilhado, às primeiras emissões de televisão que ocorreram no nosso país. Emissões ainda experimentais, que tiveram lugar na saudosa Feira Popular, lugar de divertimento dos lisboetas e das populações de localidades próximas da capital. Isto passou-se, ao que julgo, em finais dos anos 50... Pouco tempo depois, começou a comercializar-se a tal 'caixinha que mudou o mundo'. Mas os preços eram de tal ordem inabordáveis para a bolsa do comum dos portugueses, que só os ricos, as colectividades recreativas (com muitos sócios) e certos estabelecimentos comerciais (como cafés e restaurantes) se podiam dar ao luxo de adquirir um receptor de TV. Mas, mesmo assim, certos comerciantes de electrodomésticos exibiam nas montras das suas lojas esses atraentes e desejados aparelhos; e, para folgança do povo, deixavam-nos ligados até à hora de fecho das emissões, que, por esse tempo, não se estendia para além da meia noite. Dessa maneira, era frequente verem-se magotes de pessoas diante das tais vitrinas (por vezes até acomodadas em banquinhos trazidos de casa), para desfrutar de um espectáculo inédito. Durante o qual se exibiam fitas, se viam e ouviam cançonetistas famosos ou se assistia ao desenrolar de um divertido concurso apresentado pelo Artur Agostinho. Eu próprio vivi situações dessas, que hoje podem parecer caricatas, mas que eram, na verdade e apenas, manifestações de curiosidade por uma coisa que, décadas mais tarde, nos haveria de colonizar. Roubando-nos o essencial do nosso tempo. Na foto anexada, da autoria de mestre Augusto Cabrita, podemos ver -em pleno Barreiro- uma das cenas descritas...
sábado, 23 de janeiro de 2016
MILHO VERDE, MILHO VERDE...
Milho verde, milho verde,
Milho verde maçaroca;
Por causa do milho verde,
Por causa do milho verde,
Namorei uma cachopa.
(do folclore português)
MALDYAVIN, UM FAUVISTA RUSSO
Filho de camponeses, Filipp Malyavin nasceu em 1869 numa aldeia russa sem escola. Com especial habilidade para o desenho e para a pintura, começou por dedicar-se à realização de ícones. Detectando nele as qualidades de um futuro grande artista, a igreja ortodoxa local enviou-o para Athos, na Grécia, para que ele pudesse aperfeiçoar ali a sua técnica. De regresso à Rússia, rico de maior experiência e com uma outra visão do mundo e das coisas, Malyavin passou a interessar-se por temas rurais, nomeadamente pelas festas da sua terra, de carácter profano, sobretudo por aquelas que representavam camponesas bailando e rindo; figuras que acabaram por constituir o motivo central do seu trabalho; que logo começou a identificar-se com o fauvismo. Ainda teve ocasião de estudar na Academia de Artes de São Petersburgo e de receber orientação de pintores consagrados, tais como Ilya Repin. Em 1909, visitou Paris, por ocasião da Exposição Universal, cidade onde mostrou 4 das suas obras; que granjearam sucesso junto da comunidade artística local. A sua carreira estava lançada e quando morreu, em 1940, em Nice, Filipp Malyavin era um dos mais ilustres nomes da arte pictórica do seu país. Embora, como tantos outros artistas originários do leste europeu, tenha sido ostracizado... As telas aqui reproduzidas são : «Duas Beldades Russas» e «Camponesas Cantando».
sexta-feira, 22 de janeiro de 2016
FOTOGRAFIAS COM HISTÓRIA (58)
Este veículo de transporte colectivo é o famoso 'autocarro de Montgomery', conhecido por ter sido o palco de um incidente, que marcou a luta pela emancipação da comunidade negra dos Estados Unidos. Foi nele que, com efeito, a cidadã Rosa Parks (então grávida) decidiu -no dia 1º de Dezembro de 1955- recusar ceder o seu lugar a um branco. Apesar de muito instada pelo motorista, Rosa resistiu, frontal e firmemente, às intimidações e às leis racistas vigentes no estado de Alabama. Foi presa, julgada e condenada a uma pena de prisão de 14 dólares, que recusou pagar. Esse acto de resistência à intolerância racial, esteve na origem de um largo movimento, que começou com o boicote da população negra aos autocarros da companhia segregacionista, que durou 381 longos dias. A esse movimento de protesto contra as leis discriminatórias aderiu, entre outros, o pastor Martin Luther King, que, acusado de atentar contra as leis estatais, também chegou a ser preso. Aos jornalistas declarou : «Estou orgulhoso do meu crime. O crime de juntar o meu povo num protesto não-violento contra a injustiça». Mais de um ano passado, a calma regressou às ruas de Montgomery, com a supressão dos lugares reservados aos brancos nos transportes públicos. E Rosa Parks (1913-2005), uma modesta costureira, passou a ser considerada (a justo título) uma das heroínas da segregada comunidade afro-americana. O autocarro da discórdia, um G.M. 'modelo 'Old Look', propriedade da companhia National City Lines, está, hoje, exposto no Museu Henry Ford, de Dearborn, nos subúrbios de Detroit.
BD DE CÁ E DE FORA
A excelente revista de banda desenhada «Cavaleiro Andante», que eu lia na minha meninice, ia buscar muitas das suas histórias a congéneres estrangeiras; porque os artistas portugueses a trabalhar nessa área eram bons, mas muito poucos para dar inteira satisfação ás suas necessidades editoriais. Uma das revista de histórias aos quadradinhos mais solicitada pelo 'Cavaleiro', era a francesa «Tintin»; que, como aqui pode ver-se, por vezes até inspirava a capa da sua análoga lusitana.
CUIDADO COM OS INVASORES
O peixe-gato ('silurus') existe no planeta Terra -no dizer dos especialistas- há 110 milhões de anos. Parece até que já cá estava antes da separação dos continentes... No Velho Mundo e já em tempos históricos, o peixe-gato teve a sua presença circunscrita aos mares Báltico e Cáspio e a certos rios da Europa e Ásia centrais. Depois, o 'silurus' começou a aparecer em rios como o Danúbio e o Reno e é agora presença indesejável em inúmeros cursos de água de França e de Espanha, onde terá chegado pela imprudente mão do homem ou através de canais e rios que se interligam. A verdade é que o peixe-gato, que atinge proporções gigantescas (é o maior peixe de água doce da Europa), é de uma tal voracidade, que está a dizimar a fauna autóctone dos rios onde ele é uma espécie invasiva. Em França, no passado ano, um pescador desportivo capturou -num afluente do Gard- um exemplar com 2,73 m de comprimento e com 130 kg. Espantoso e preocupante !
quinta-feira, 21 de janeiro de 2016
QUADRA POPULAR (DE UM GRANDE POETA)
Não digas que me amas
A ver se tenho ciúme:
Os laços de amor são chamas
E não se brinca com lume.
João de Deus
A ver se tenho ciúme:
Os laços de amor são chamas
E não se brinca com lume.
João de Deus