sábado, 26 de dezembro de 2015
AI VIRA, QUE VIRA E TORNA A VIRAR...
O Vira do Minho é uma das nossas danças populares que melhor resistiu à inexorável e arrasadora passagem do tempo. Isso, mercê (em grande parte, estou convencido) da acção das centenas de grupos folclóricos que, no país e nas comunidades lusas do estrangeiro, o vão dançando, acarinhando e perenizando. A propósito destas últimas comunidades, as do estrangeiro, quero dizer que vivi largos anos numa cidade do norte de França, onde ainda hoje existe uma forte comunidade de emigrantes lusos, muitos deles originários de Entre Douro e Minho. E posso garantir que, ali, chegaram a coexistir (nem sempre pacificamente, a verdade seja dita) três associações recreativas; que todas elas tinham o seu rancho folclórico e que todos eles se apoiavam na execução dessa dança tão típica do norte de Portugal. Segundo ouvi dizer, há em França mais ranchos folclóricos portugueses do que no nosso próprio país. E eu estou em crer que sim... Até porque a França é, e sempre foi, um país de paradoxos. Sabiam, por exemplo, que existem -na velha Gália- mais 'pizzerie' do que em Itália ? -E mais corridas com toiros de morte do que em Espanha ? -Pois bem, se isso já não é verdade, chegou a sê-lo. Garantidamente !
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