Esta belíssima arca tumular data do século III da era de Cristo e foi encontrada, em 1840, nos terrenos do Monte da Azinheira, em Reguengos (distrito de Évora), Alto Alentejo. Na sua face principal, pode ver-se um medalhão representado o tumulado e cenas campestres, certamente a condizer com a sua actividade terrena. Nos topos (o lado oposto ao visível é liso), também há referências ao pastoreio, ao cultivo da vinha e à transformação das uvas, através de símbolos ligados às vindimas e aos lagares. Sendo estes últimos motivos encarados (segundo os estudiosos) como uma clara evocação do culto de Baco e dos prazeres desejados numa vida além-túmulo. Isto é (creio eu) também revelador de que, nesses recuados tempos, o nosso Alentejo já produzia néctares dignos de serem celebrados na pedra. Este sarcófago faz, hoje, parte do Museu Nacional Soares dos Reis (no Porto), onde é possível admirá-lo em todo o seu exolendor.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
SARCÓFAGO ROMANO
Esta belíssima arca tumular data do século III da era de Cristo e foi encontrada, em 1840, nos terrenos do Monte da Azinheira, em Reguengos (distrito de Évora), Alto Alentejo. Na sua face principal, pode ver-se um medalhão representado o tumulado e cenas campestres, certamente a condizer com a sua actividade terrena. Nos topos (o lado oposto ao visível é liso), também há referências ao pastoreio, ao cultivo da vinha e à transformação das uvas, através de símbolos ligados às vindimas e aos lagares. Sendo estes últimos motivos encarados (segundo os estudiosos) como uma clara evocação do culto de Baco e dos prazeres desejados numa vida além-túmulo. Isto é (creio eu) também revelador de que, nesses recuados tempos, o nosso Alentejo já produzia néctares dignos de serem celebrados na pedra. Este sarcófago faz, hoje, parte do Museu Nacional Soares dos Reis (no Porto), onde é possível admirá-lo em todo o seu exolendor.
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