sábado, 17 de outubro de 2015

DEWOITINE D-520 & ARSENAL VG.33

Quando, em 1940, as fronteiras francesas foram violadas pelas tropas nazis, o material de guerra dos gauleses -nomeadamente no domínio da aeronáutica- revelou-se tecnicamente inferior ao utilizado pelo inimigo. Assim, no domínio dos aviões de caça, só duas aeronaves francesas estavam em condições de afrontar, de igual para igual, o Messerschmitt 109; que dera prova das suas capacidades na recém-terminada Guerra Civil de Espanha. Onde esse caça superara todos os seus adversários, nomeadamente os de origem soviética, enviados por Estaline para apoiar a luta (legítima) dos republicanos. Os únicos caças franceses que, em 1940, poderiam opor-se com sucesso aos bf-109 da 'Luftwaffe' eram os Dewoitine D-520 e os Arsenal VG.33 cujas imagens aqui deixamos para quem se interesse pelo tema. Aconteceu, porém, que a primeira dessas aeronaves só chegou às unidades combatentes no decorrer do ano de 1940, muito tarde para que os seus pilotos se familiarizassem com o aparelho e dele pudessem tirar o rendimento máximo. O D-520 era um pouquinho menos rápido do que o seu adversário alemão, mas compensava essa inferioridade com uma maior agilidade. Durante a chamada campanha de França (que culminou com a assinatura do armistício de 22 de Junho de 1940 e com a subsequente derrota dos gauleses), os caças Dewoirine D-520 (ilustração de topo) foram creditados com 147 vitórias (108 confirmadas e 39 prováveis) em combate aéreo contra as aviações germânica e italiana. Isto, com a perda de 54 aparelhos de 'l'armée de l'air'. Já o Arsenal VG.33, considerado mais evoluído do que os seus congéneres (amigo e inimigo), esse nunca chegou a tomar parte nos combates. Por falta de tempo para preparar os primeiros exemplares que atingiram o estádio operacional. Aqui fica, no entanto, a memória de dois aparelhos de caça que poderiam ter dificultado -naqueles primeiros meses de guerra- a vida a um inimigo arrogante e convencido.

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