O dia 11 de Setembro evoca, de há uns anos a esta parte, acontecimentos sombrios da História da Humanidade; que nós qui vamos lembrando periodicamente. Foi, naturalmente, a data dos ataques infamantes do terrorismo islâmico contra as torres gémeas de Nova Iorque, em 2001, que provocou três milhares de vítimas inocentes.
Mas foi, também, a data do golpe fascizante dos militares chilenos, em 1973, contra o regime de Salvador Allende, perpetrado -é bom não esquecer- com a cumplicidade da CIA. Golpe que também fez milhares de mortos (entre os quais o presidente democraticamente eleito desse país da América do Sul), milhares de presos políticos e milhares de desaparecidos e de exilados.
Outro 11 de Setembro sangrento, que marcou muito especialmente os Portugueses, foi o de 1985, data em que pereceram mais de duas centenas de passageiros no face a face do Sud-Expresso com um comboio regional, perto do apeadeiro Moimenta-Alcafache; e que foi um dos mais mortíferos desastres ferroviários ocorridos no nosso país. Mas destes três casos paradigmáticos todos se recordam muito bem, embora o segundo já se tenha quase dissipado (vá lá saber-se porquê ?) da memória de muita gente...
Foi por essa razão, que -neste 11 de Setembro de 2015- eu escolhi aqui chamar à memória (ou ao conhecimento) de quem visita este blogue) outra ocorrência trágica. Muito mais antiga, pois reporta-se ao ano de 1857 : O chamado massacre dos Montes Meadows (Utah). Faz, pois, hoje, 158 anos, que uma milícia mórmon, auto-intitulada Legião de Nauvoo, e um grupo de índios Paiute assassinou 120 colonos de uma caravana proveniente do Arcansas e com destino à Califórnia. Essa força armada só poupou as crianças e adolescentes com menos de 16 anos, trucidando, sem dó nem piedade, todos os outros pioneiros. O evento teve lugar num acampamento, montado pela vítimas, num vale cruzado pela pista denominada Spanish Old Trail, já relativamente perto da terra de destino da caravana. As razões deste sanguinário ataque a emigrantes pacíficos restam algo misteriosas. Acontecendo num tempo em que os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias se encontravam em guerra aberta com as autoridades militares federais, por causa da legitimidade da sua presença no estado do Utah.
À falta de poder recomendar leitura adequada sobre este assunto (que não existe no nosso país), convido, quem gentilmente nos segue, a visualizar a cópia DVD do telefilme «September Dawn», já editada em Portugal.
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