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A resistência armada de D. António, prior do Crato, às pretensões do poderoso Filipe II de Espanha é dos episódios menos conhecidos da nossa História. Embora tenha sido rico em peripécias político-militares de grande interesse. O prior do Crato era neto de D. Manuel I e gozava de grande prestígio no Reino, pelo facto de ter batalhado em Alcácer-Quibir e de ser um dos prisioneiros resgatados à moirama. Fez valer os seus direitos ao trono de Portugal, mas não teve forças para se opor aos exércitos espanhóis, que eram, então, os mais poderosos da Europa. Ferido e derrotado pelo duque de Alba na batalha de Alcântara (1580), D. António não desistiu logo dos seus intentos de libertar Portugal do jugo estrangeiro e tentou arranjar, em França, aliados que o apoiassem nesse seu intento. Até que reconheceu que todas as promessas de ajuda haviam falhado e acabou por colocar de lado o seu patriótico projecto. Morreu desiludido e esquecido em Rueil (perto de Paris), no ano de 1595, com 64 anos de idade.
Se tivesse que recomendar 2 livros sobre o supracitado príncipe e a sua acção durante a crise dinástica de 1580, acho que recomendaria «O Prior do Crato contra Filipe II», da autoria do saudoso Mário Domingues, e «Campanhas do Prior do Crato, 1580-1589», de João Pedro Vaz. Experimentem ler. Tenho a certeza que vão apreciar.
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