Introduzido no Brasil -em 1727- pelo sargento-mor Francisco de Melo Palheta, que o trouxe clandestinamente da Guiana Francesa, o café encontrou no sul do país (nos estados de São Paulo e de Minas Gerais) as condições ideais para o seu cultivo e preparação. O êxito deste novo produto agrícola fez do Brasil, desde logo, o primeiro exportador mundial e inaugurou um novo ciclo gerador de riqueza. Mas, já no século XX, aquando da crise de 1929 e no tempo da ditadura de Getúlio Vargas, os preços mundiais do café caíram de tal modo, que o governo preferiu queimá-lo a aceitar uma baixa desastrosa dos preços. Foi assim, que, durante anos, as locomotivas brasileiras foram as únicas no mundo a ser alimentadas com esse estranho combustível. Estima-se que, entre 1931 e 1943, foram queimadas no Brasil 72 milhões de sacas, ou seja o equivalente ao resultado de 4 boas safras. Os preços do café foram regulados a partir de 1944, graças a convénios assinados entre os países produtores. Depois disso, o café tornou-se, de novo, um produto que pesa na economia do Brasil. Em 2004, este país da América do Sul (que cultiva as espécies Robusta e Arábica) produziu 2 356 milhões de toneladas de café, ou seja 35% do total mundial. O café é, actualmente, a bebida preparada mais consumida no mundo, estimando-se que 400 biliões de chávenas sejam servidas anualmente em todo o planeta. O que é obra !
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