sexta-feira, 31 de julho de 2015

RASGANDO AS TREVAS...

Rasgando as trevas e as águas de «mares nunca antes navegados», duas caravelas d'el-rei de Portugal seguem a sua misteriosa rota e o seu destino... Que só podia ser de morte ou de glória ! Nessas aventurosas viagens para o levante e para o sul, traçou-se o porvir de grandeza de uma nação, entalada entre uma Europa sem futuro à vista e um oceano imenso, ignoto e hostil. Tendo escolhido o mais temível dos adversários e o mais difícil dos desafios, este povo que é o nosso construiu uma epopeia sem paralelo na História da Humanidade; plena de promessas (nem sempre cumpridas) e de encontros, que puseram as populações do planeta Terra a comunicar umas com as outras. Durante esses séculos de descobertas e de conquistas (pela espada e pelo coração) nem tudo foram rosas e os Portugueses de séculos passados também cometeram actos pouco louváveis, dos quais não nos orgulhamos. Mas, naquele tempo e naquelas circunstâncias, quem teria agido de outra forma ? -De qualquer modo, fazendo, hoje, o balanço da presença da lusa gente no vasto mundo -da Europa até ao Brasil e ao Japão e do Canadá até à África do Sul e à Austrália- não há que ter vergonha e que alimentar complexos. Basta reconhecer os erros, ao mesmo tempo que se avalia a imensa, a gigantesca dimensão da empresa. Obra de um pequeno e pobre país que, ao tempo, não contaria mais do que 1 milhão e meio de almas...

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